

Entrevista com o Elizabeth Ferreira para o Jornal da 3ª Idade, na série que comemora os 28 de criação do GCMI, Grande Conselho Municipal do Idoso, ocorrido em 24 de setembro de 1992. As publicações com alguns dos seus ex-presidentes é uma maneira de homenageá-los e de contar um pouco da história do conselho.
A assistente social aposentada Elizabeth Ferreira, 66 anos, que foi a candidata mais votada nas eleições de 2016, entre todos os representantes da Zona Sul de São Paulo, ficou no cargo somente no primeiro ano do mandato. Ela saiu para assumir o cargo de coordenadora da Coordenadoria do Idoso da Prefeitura, no começo da gestão do Prefeito João Dória, fato inédito na história do GCMI.
Moradora da Capela do Socorro, divorciada, mãe de uma filha e avó de dois netos, ela que também foi coordenadora da Comissão da Saúde do Idoso, do Conselho Municipal de Saúde e está a frente de um trabalho social na sua região, que é feito por membros da sua família há décadas.
Jornal da 3ª Idade – Como a senhora avalia seu período na presidência do GCMI- Grande Conselho Municipal do Idoso? O que destacaria como resultado positivo desse período?
Elizabeth Ferreira, ex-presidente do GCMI na gestão 2016-2017 – Sem dúvida finalizar o processo do Fundo Municipal do Idoso, que culminou com a assinatura dele. Levar a delegação de São Paulo para os JORI- Jogos Regionais dos Idosos na Praia Grande, retomando a proposta de participação esportiva dos idosos da cidade. Conseguir condições para essa delegação foi um grande esforço. De fora as pessoas não sentem as dificuldades e não percebem que muitas vezes coisas que poderiam ser muito simples ficam emperradas pela falta de colaboração.
Jornal da 3ª Idade – A senhora foi a única presidente do GCMI que esteve também no cargo de coordenadora da Coordenadoria do Idoso. Nesse seu período nesse cargo, conseguiu colaborar mais com o Conselho?
Elizabeth Ferreira, ex-presidente do GCMI na gestão 2016-2017 – Qualquer pessoa que atua na presidência de um órgão sabe que muitas vezes não vai inaugurar ou ver concretizar trabalhos que começou. Eu consegui adiantar a aprovação de vários projetos, em diferentes regiões da cidade. Tinham demandas territoriais que estavam emperradas e que eu consegui, junto com os conselheiros, adiantar. Fizemos visitas nas casas de repouso, como sempre pedia a Dra. Cláudia Beré, do Ministério Público. Trabalhamos bastante.
Jornal da 3ª Idade – Depois que saiu da Coordenadoria do Idoso, a senhora continuou militante no movimento de idosos?
Elizabeth Ferreira, ex-presidente do GCMI na gestão 2016-2017 – Sim, claro, só me afastei do Conselho, naquele momento imediato. Resolvi voltar para ações no meu território, discutir junto aos idosos as garantias de direitos que eles têm e não sabem.
Jornal da 3ª Idade – Com a experiência que a senhora adquiriu no cargo, gostaria de voltar a se candidatar ao GCMI?
Elizabeth Ferreira, ex-presidente do GCMI na gestão 2016-2017 – A gente nunca pode dizer que não, mas hoje acredito que posso colaborar mais fazendo um trabalho regional. Existem muitos projetos dentro do Estatuto que está tudo parado.
Jornal da 3ª Idade – Qual o foco do seu trabalho regional atualmente, que a senhora acredita possa influenciar de maneira positiva o GCMI, nas futuras gestões?
Elizabeth Ferreira, ex-presidente do GCMI na gestão 2016-2017 – A questão da moradia do idoso é sem dúvida o maior problema hoje. Nós temos um crescimento dos condomínios para idosos, com alto poder aquisitivo. Para quem mais precisa não existem projetos. O idoso pouco a pouco a está voltando a ser somente um problema da família. Por isso continuamos com o trabalho da nossa associação.
Jornal da 3ª Idade – Como é o nome da sua entidade? Qual o território de atuação?
Elizabeth Ferreira, ex-presidente do GCMI na gestão 2016-2017 – Associação Pioneiros de Humanização de Cidade Dutra, na Zona Sul de São Paulo. Eu não trabalho específico somente para os idosos, trabalho muito com as crianças.
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