

Nos seis encontros macrorregionais promovidos pelo CEI- Conselho Estadual do Idoso de São Paulo para explicar o tema e a dinâmica que devem nortear as conferências municipais preparatórias para a 14ª Conferência Estadual da Pessoa Idosa, em setembro, foi convidada a jovem conselheira Elaine Cristina Silva de Moura, representante da Secretaria do Desenvolvimento Social para fazer a reflexão sobre o que é o empoderamento e o protagonismo do idoso.
Segundo ela mesma, palavras que não estão no dia a dia dos idosos e que por isso precisam ser explicadas de forma clara. Junto com o presidente do CEI, Henrique Rubens Jerozolimski e a conselheira representante da Secretaria da Cultura, Akiko Oyafuso, que é a coordenadora do grupo de trabalho que organiza a próxima conferência estadual ela falou falou para mais de mil pessoas, em todos os encontros.
Socióloga, ela trabalha como técnica do programa São Paulo Amigo do Idoso. No final do encontro macrorregional da Capital ela conversou com o Jornal da 3ª Idade.
Jornal da 3ª Idade– Embora o conteúdo da palestra tenha sido o mesmo, em todos os encontros, é possível assimilar as principais necessidades de cada região?
Elaine Moura– Eu pude observar que existem muitos pontos comuns. Existe uma demanda geral por informação, por materiais, por conceitos básicos de como tratar o envelhecimento. Aparece muito a preocupação pelas ILPIs- Instituições de Longa Permanência. Os municípios que estão organizando pela primeira vez a sua conferência do idoso estão preocupados. E é até natural porque as demais políticas já têm uma tradição mais estruturada de organização. As conferências da Assistência Social, da Criança e do Adolescente tem tradicionalmente mais apoio e informação. O que eu coloquei para todos é que nós estamos vivendo uma agenda própria de construção desse segmento e isso tem relação direta com as próprias conferências municipais.
Jornal da 3ª Idade– Na sua palestra se repete algumas vezes a expressão “temos que mudar a cultura do envelhecimento”. O que significa exatamente isso?
Elaine Moura– Nós precisamos quebrar essa visão tradicional do velhinho, da Melhoridade, essas formas mais antigas de se enxergar a velhice.
Jornal da 3ª Idade– Podemos afirmar que nesse momento os municípios começam a descobrir as reais necessidades dos seus idosos?
Elaine Moura– Acredito que sim e estão relacionando isso com oferta de política pública mais adequadas as necessidades que se apresentam. Porque existe a demanda das pessoas idosas e das pessoas muito idosas que são aquelas que apresentam a demanda das necessidades especiais, que precisam de cuidados diários de enfermagem. As pessoas estão preocupadas em integrar as políticas. O diálogo da Assistência e Saúde que precisa acontecer.
