

Sem dúvida a Conferência Municipal da Pessoa Idosa de São Paulo superou as expectativas.
Foi a mais desorganizada das duas anteriormente realizadas. Duas sim, porque oficialmente, feita de forma independente, essa foi a terceira, já que a primeira foi feita dentro da Regional da Grande São Paulo por não se conseguir fazer uma somente na Capital.
E não foi só isso que foi esquecido pelos organizadores. Todos os materiais com o logotipo criado uma semana antes do evento esqueceram de incluir o tema da conferência, o Protagonismo e Empoderamento da Pessoa Idosa – por um Brasil de todas as Idades, proposto há mais de um ano pelo CNDI- Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Idosa.
Mesmo com a presença de quatro ex-presidentes do GCMI- Grande Conselho Municipal da Pessoa Idosa nenhum deles foi mencionado. Quem trabalha com o idoso sabe o quanto é difícil formar lideranças. Estavam presentes: Terezinha de Abreu Soares (gestão 2004/2005), Antônio Santos Almeida (2008/2009), Marcel Tomé (2010/2011) e Marly Augusta Feitosa da Silva (2012/2013).

Também não foram feitas homenagens as pessoas muito idosas que atuaram ou continuam atuando no movimento, como é tradição nas conferências dos direitos dos idosos.
Falha na contratação da empresa – A empresa contratada para fazer a parte operacional de recepção, credenciamento e apoio nas salas aonde eram discutidos os eixos da conferência – 1) Gestão (Programas, projetos e ações); 2) Financiamento (Fundo do Idoso e Orçamento Público); 3) Participação (política e no controle social) e 4) Direitos Humanos- não tem nenhuma experiência em conferência, o que deve justificar as inúmeras falhas ocorridas.
Não conseguiram fazer o credenciamento dos participantes no primeiro dia, antes da abertura da conferência.

Não foi nossa culpa, os idosos tinham que estar credenciados antes, pela Internet. Esse foi o combinado com quem nos contratou, disse uma das jovens da empresa.
Quem trabalha com os idosos sabe que a maioria não está na Internet e que mesmo os que já usam as redes sociais fazem mais como diversão e não gostam de registrar números de documento e endereço pessoal numa ficha virtual.
Se não fosse a interferência do Secretário Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Eduardo Suplicy que liberou as pessoas do credenciamento para participarem da abertura da conferência, o tumulto teria sido maior.
Debate dos eixos prejudicado– No começo do trabalho das salas não tinha material para projeção digitalizado, não tinha material impresso para acompanhamento, não tinha papel em branco com logotipo – exigência de toda conferência para encaminhamento de propostas ou mesmo de uma moção- não tinha uma pessoa preparada sobre o tema para fazer a secretaria.
