3º Encontro dos Grupos de Dança Sênior de São Paulo, na USP Leste, em 28 de julho

Está marcado para o próximo sábado, dia 28 de julho, o 3º Encontro dos Grupos de Dança Sênior de São Paulo, na USP Leste, das 10 às 15 horas, no espaço onde são ministradas aulas para os idosos da EACH- Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo.

Estão sendo esperadas mais de 50 equipes que vão – além de promover uma confraternização artística cultural dos grupos de dança sênior- divulgar os princípios dessa atividade.

 A Dança Sênior vem ganhando mais espaço no Brasil, como estratégia preventiva da inatividade, para retardar a senilidade e promover qualidade de vida aos idosos. Estima-se que existam mais de 600 grupos, em todo o país.

As inscrições, gratuitas, ainda estão abertas até o dia 14 de julho, para quem quiser escrever seu grupo no evento.

A Dança Sênior criada em 1974, na Alemanha, está completando 24 anos de existência no Brasil, pela Associação Dança Sênior de Joinville, pioneira no país.

Para saber mais desse festival e da contribuição dessa prática na qualidade de vida dos idosos o Jornal da 3ª Idade conversou com a dirigente habilitada de Dança Sênior em São Paulo, Lídia Inês Castro Zamorano.

Jornal da 3ª Idade – Como a Dança Sênior pode ajudar os idosos?

Lídia Inês Castro Zamorano que é dirigente habilitada de Dança Sênior em São Paulo. Foto: divulgação

Dirigente Lídia Inês Castro Zamorano– Ela ajuda integrando as pessoas idosas socialmente e assim aumentando a qualidade de vida de quem pratica. Ajuda na coordenação, na memorização, na atenção. A prática da Dança Sênior aumenta a a autoestima, trabalha a lateralidade, devido as músicas e coreografias nelas trabalhadas.

Jornal da 3ª Idade – Idosos com doenças crônicas, como o Parkinson e Alzheimer, também podem praticar a dança?

Lídia Inês Castro Zamorano– Sim, as pessoas com essas doenças podem praticar a Dança Sênior sentada, fazendo-se algumas adaptações. Um estudo feito na Associação Brasil Parkinson (ABP) mostrou que os idosos com a doença que participavam de grupos de Dança Sênior apresentaram melhores resultados na realização das múltiplas tarefas, algo difícil para essas pessoas.

Jornal da 3ª Idade – Existe alguma entidade nacional que congregue os grupos de Dança Sênior?

Lídia Inês Castro Zamorano– Em Pirabeiraba, um distrito do município de Joinville, cidade situada ao nordeste do Estado brasileiro de Santa Catarina, encontra-se a matriz da Associação Bethesda, a responsável pela introdução dessa prática no Brasil.

Jornal da 3ª Idade – Existe algum encontro nacional previsto ainda para 2018?

Lídia Inês Castro Zamorano– Em agosto será realizado o Circuito Brasileiro de Dança Sênior, em Goiás.

Jornal da 3ª Idade – Quantos grupos existem em São Paulo?

Lídia Inês Castro Zamorano– Estima-se que uns 60 grupos, mas nem todos são filiados e por isso ainda não temos o total da Regional 6, que é a nossa aqui em São Paulo.

Jornal da 3ª Idade – É comum a plateia acompanhar a dança que está sendo apresentada. Por que?

Lídia Inês Castro Zamorano– A Dança Sênior alia movimentos simples com músicas conhecidas, muitas vezes folclóricas ou cantigas infantis de diversos povos. Pode-se usar acessórios, como fantasias, adereços, podemos fazer em círculos, em duplas, em pequenos grupos e até mesmo individual. O que mais importa é trabalhar o corpo e a mente. E acaba ficando divertido, por isso todos gostam.