Na próxima segunda-feira dia 19 de junho, às 11 horas, o Secretário de Relações Governamentais, da Prefeitura de São Paulo, Milton Flávio Marques Lautenschlager vai receber uma comissão de representantes, para discutir algumas das questões mais urgentes reivindicadas pelo movimento de idosos da Capital.
A audiência foi marcada, na porta da Prefeitura, quando o Secretário desceu para atender os manifestantes que haviam participado da 7ª Marcha Anual de Conscientização Contra a Violência, organizada por entidades que trabalham com idosos na cidade de São Paulo, para lembrar o Dia Mundial de Combate à Violência Contra a Pessoa Idosa, celebrado em 15 de junho. A manifestação foi antecipada em função do feriado.
Na reunião as lideranças de idosos pretendem questionar sobre reivindicações dos idosos, visto que passados seis meses da nova gestão, o Prefeito João Dória ainda não fez nenhum encontro com os representantes do seguimento. A linha de atuação para o segmento idoso vinha sendo colocado pelo coordenador Alexandre Teixeira Ramos, da Coordenadoria do Idoso, que vinha se reunindo com os Fóruns Regionais dos Idosos, propondo uma agenda de trabalho. Ele foi exonerado sem nenhuma explicação deixando várias promessas em aberto.
Qual o papel da Coordenadoria do Idoso, na gestão do Prefeito Dória? Quando o Prefeito vai assinar o Fundo Municipal do Idoso? Por que o JOMI- Jogos Municipais dos Idosos, que garante a participação da Capital nos Jogos Estaduais dos idosos foram cancelados? Qual é o projeto da nova gestão municipal para as questões de moradia para os idosos? A locação social será ampliada, como já vinha sendo acordada com a administração anterior? Os CAE- Centro de Acolhida serão diminuídos como vem sendo comentado por pessoas que atuam na área? O GCMI-Grande Conselho Municipal do Idoso precisa ser transformado em conselho deliberativo e a alteração precisa ser sancionada. Esses são algumas das questões que serão colocadas.
A Comissão de Representantes
A comissão de representantes foi escolhida na porta da Prefeitura entre os participantes da 7ª Marcha que estavam presentes. Foram listados para o encontro com o Secretario Milton Flávio: Maria Aparecida Costa – membro da executiva do GCMI- Grande Conselho Municipal do Idoso e uma das coordenadoras do Fórum Sé; Creuza Silva uma das coordenadoras da RPDI- Rede de proteção e Defesa da Pessoa Idosa; Elizabeth Ferreira, presidente do GCMI; Olga Quirora coordenadora do GARMIC- Grupo de Articulação para Moradia do Idoso na Capital; Neide Duque, membro do GCMI e representante da Vila dos Idosos do Pari, Enir de Almeida Guimarães Sales, do SEFRAS- Serviço Franciscano de Atendimento aos Idosos; Eunice Lopes Alves, da PPI- Pastoral da Pessoa Idosa da Arquidiocese de São Paulo e Cícero Augusto dos Santos, um dos coordenadores da Coletivo de Idosos da Cidade de São Paulo. O Jornal da 3ª Idade vai acompanhar o encontro.
O Secretário
O Secretário de Relações Governamentais, da Prefeitura de São Paulo, Milton Flávio, se quiser, pode ajudar muito na interlocução com o movimento de idosos.
Ele é médico e foi o coordenador do programa de Saúde da campanha do Prefeito João Dória. Nos três mandatos que exerceu como deputado estadual, eleito pela região de Botucatu, trabalhou em diversas campanhas a favor dos idosos. Sua irmã Marly Lautenschlager é ex-presidente do Conselho Estadual do Idoso, e é a responsável pelo Programa São Paulo Amigo do Idoso, do Governo Estadual.
Em 1996, quando o então deputado federal, Eduardo Jorge (na época no PT e hoje PV) entrou com o projeto de lei para criar a vacinação de idosos contra a gripe, um baixo assinado foi iniciado em São Paulo, pelo seminário Qualidade de Vida Para Um Envelhecimento Saudável, que era feito mensalmente na Câmara Municipal.
O seminário era produzido pelo Guia Brasileiro da 3ª Idade, pela Comissão do Idoso da OAB São Paulo, que tinha acabado se ser criada pelo advogado Flávio Caetano e pelo mandato, do então vereador, José Eduardo Cardozo.
Milton Flávio, que era líder do Governador Mário Covas na Assembleia foi solidário ao movimento dos idosos e mesmo com críticas internas do seu partido assumiu a causa da vacinação da gripe. Fez o projeto para a vacinação estadual e colocou seu gabinete para ajudar na coleta de assinaturas, que se espalhou pelo Brasil inteiro. Sua posição como médico foi muito importante naquele momento e fez a diferença naquele trabalho. São Paulo foi a primeira cidade brasileira a fazer a vacinação, mesmo com o Prefeito Maluf sendo contrário.
