Rede Solidaria em Envelhecimento da PPI vai focar em condomínios em 2018

A Rede Solidaria em Envelhecimento da Pastoral da Pessoa Idosa, da Arquidiocese de São Paulo, vai focar nos encontros de 2018, que começam no final de março, nos condomínios da cidade de São Paulo, especialmente os de construção mais antiga que acabam por abrigarem moradores mais velhos.

O objetivo dessa Rede Solidaria da PPI – que já realizou 9 encontros na Capital desde que foi criada em 2016- tem se pautado em 5 eixos: 1) oferecer informações para idosos, para que eles próprios se tornem agentes multiplicadores; 2) orientação sobre os serviços públicos disponíveis na área em que está fazendo o evento; 3) Como o Ministério Público e órgãos governamentais podem ser usados para ajudar a população idosa; 4) Como o exercício do trabalho voluntário pode contribuir para a melhoria da qualidade de vida de toda a comunidade e 5) Como o respeito a espiritualidade (não necessariamente religiões) pode contribuir para a busca da satisfação pessoal.

A Rede Solidaria em Envelhecimento da Pastoral da Pessoa Idosa, embora nascida na igreja católica, abençoada e reconhecida pelo Cardeal Arcebispo de São Paulo, D. Odilo Scherer, como parte dos trabalhos da Arquidiocese de São Paulo, tem feito um trabalho ecumênico.

Os encontros em condomínios não serão abertos ao público em geral, visto que seria necessária uma infraestrutura de segurança nas portarias, que a Rede Solidaria não tem. Todo o trabalho da Rede Solidaria é voluntário.

Os problemas comuns nos condomínios da Capital

Vários condomínios construídos no começo dos anos 60 foram comprados por jovens casais que começavam a construir suas famílias. Era uma cidade muito diferente no trânsito, na poluição, nos equipamentos públicos oferecidos e na qualidade do atendimento. A concepção de cidade era outra.

Passados quase 60 anos esses casais são hoje idosos que viram seus apartamentos, adquiridos com o sonho do lar de tranquilidade, para quando se aposentassem, serem cercados por viadutos, por favelas, por lixões, por “cracolândias, não receberem o olhar devido das Prefeituras Regionais.

Não só o cenário mudou, o dia a dia ficou diferente. Idosos que não sabem lidar com a computação tem muitas dificuldades. A queda do poder aquisitivo limitou o uso de recursos particulares e os moradores tem que descobrir o que existe de recurso público para ser usado no bairro.

A melhor arma é a informação

Saber o que existe na sua região de serviços públicos voltados para os idosos. Descobrir o que está funcionando e o que precisa ser reclamado é um trabalho que complete aos moradores do lugar. E os idosos por ter um tempo mais disponível e principalmente pela enorme experiência que tem são as melhores pessoas para essa função ou será missão?