A 12ª Edição do Pic Nic Parque Augusta está marcada para ser realizada no asfalto da Rua Augusta, ao lado do terreno reservado para ser o futuro parque do Centro da Capital, em São Paulo, no próximo domingo, dia 25 de agosto, das 13 às 18 horas, com várias atrações musicais.
O pic nic já recebeu diversas denominações: começou como Pic Nic à Moda Antiga, virou Pic Nic da Augusta, depois Pic Nic no Asfalto. Com a conquista oficial do Parque Augusta os organizadores decidiram que ele continuará a ser realizado dentro do parque, quando ele for inaugurado. Por isso o nome definitivo passou a ser Pic Nic Parque Augusta.
A iniciativa do evento surgiu como mais um instrumento de divulgação e luta pela criação do Parque Augusta. Sua primeira edição aconteceu juntamente com a primeira Virada Sustentável, que era em junho, devido ao Dia do Meio Ambiente. Quando o evento da prefeitura mudou para o mês de agosto o pic nic chegou a ser feito em duas edições por ano, mas seus organizadores optaram por manter apenas a que íntegra a programação da Virada Sustentável.
História da conquista do Parque Augusta
A assinatura em agosto do ano passado de um acordo entre Ministério Público, a Prefeitura de São Paulo e as construtoras Cyrela e Setin para tornar o Parque Augusta um bem público significou uma vitória nessa luta pelo espaço urbano do Centro da Capital, depois de décadas lutando por ela.
O terreno tem cerca de 24 mil m² e o Prefeito Bruno Covas prometeu que o Parque poderá ser aberto em 2020.
Histórico do terreno
1902 – Palacete Uchoa é construído onde hoje é o terreno do parque
1907 a 1969 – Tradicional colégio feminino Des Oiseaux funcionou no Palacete Uchoa
1970 – Prefeitura decreta utilidade pública do espaço para fazer um jardim
1973 – Decreto é revertido pelos proprietários, que anunciam a construção de um hotel
1974 – Palacete é demolido sem autorização; sobra apenas uma casa, que era tombada
1977 – Construtora Teijin compra o terreno para fazer um complexo hoteleiro e depois desisste
Anos 1980 – Uma lona circense no local abriga o Projeto SP, com shows e atividades
1989 – Decreto de Jânio Quadros obriga a manutenção da área aberta
1996 – O ex-banqueiro do BCN Armando Conde adquire o terreno da Teijin
2004 – Bosque que existe no local é tombado
2006 – Proprietário chega a anunciar a construção de um hipermercado e depois chega a pensar em três torres comerciais. Ambos os projetos são rejeitados por moradores.
2008 – Prefeito Kassab (PSD) decreta utilidade pública do local novamente
2011 – Câmara aprova em 1ª votação criação de parque
2012 – Empresas Setin e Cyrela apresentam seu projeto para a área, com construção de torres
2013 – Decreto de utilidade pública caduca, Cyrela e Setin formalizam compra do terreno, e portões são fechados ao público. Haddad (PT) sanciona lei autorizando a criação do parque
2014 – Em janeiro, Secretaria do Verde e do Meio Ambiente afirma que não tem verba para bancar a construção
2015 – Cerca de 300 ativistas ocupam o terreno por dois meses, enquanto conselho municipal aprova projeto de construtoras para empreendimento. Em abril, Justiça concede liminar para abertura do portão
Abr.2016 – Ação do Ministério Público contra construtoras pede devolução da área e indenização por danos morais coletivos
Out.2016 – Durante a campanha eleitoral, Doria diz ao “Estado de S. Paulo” que parque não sairia do papel: “A prefeitura não vai gastar dinheiro público nisso”
2017 – Doria anuncia que vai oferecer terrenos públicos às empreiteiras em troca da área do parque, e anuncia que área será aberta em 2018. Acordo é abandonado no ano seguinte
10.ago.2018 – Prefeitura e construtoras anunciam novo acordo, com prazo para 2020
12ª Edição do Pic Nic Parque Augusta