O Poeta Ferreira Gullar morreu hoje aos 86 anos no Rio de Janeiro

Ferreira Gullar numa foto da Academia Brasileira de Letras
Ferreira Gullar numa foto da Academia Brasileira de Letras

José de Ribamar Ferreira, o poeta, escritor e teatrólogo maranhense Ferreira Gullar morreu hoje, domingo 4 de dezembro de 2016, aos 86 anos, no Hospital Copa D’Or, na Zona Sul do Rio de Janeiro, por complicações pulmonares.

Ferreira Gullar é o sétimo ocupante da cadeira nº 37,  da Academia Brasileira de Letras, eleito em 9 de outubro de 2014, na sucessão de Ivan Junqueira, e foi recebido em 5 de dezembro de 2014, pelo Acadêmico Antonio Carlos Secchin. Ele foi um dos fundadores do neoconcretismo – que valoriza a expressão e a subjetividade em oposição ao concretismo ortodoxo.

Militante do Partido Comunista, exilou-se na década de 1970, durante a ditadura militar, e viveu na União Soviética, na Argentina e Chile. Retornou ao país em 1977 e foi preso por agentes do Departamento de Polícia Política e Social no dia seguinte ao desembarque, no Rio. Foi libertado depois de 72 horas de interrogatório graças à intervenção de amigos junto a autoridades do regime. Depois disso, retornou aos poucos às atividades de critico, escritor e jornalista.

Um dos seus poemas mais conhecidos são os versos que colocou na música O trenzinho do caipira, tema composto em 1930, pelo maior compositor erudito brasileiro, Heitor Villa-Lobos (1887 – 1959). Desde que foi gravado a primeira vez, em 1978, pelo cantor e compositor carioca Edu Lobo, O trenzinho do caipira já foi regravado por vários nomes importantes da musica popular brasileira.  No momento é a musica de abertura da novela A lei do amor, da TV Globo, em gravação de Ney Matogrosso.