Manter a boa saúde física e emocional ajuda muito a manter a memória na velhice

Possui graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e Residência e Doutorado em Psiquiatria pelo Departamento e Instituto de Psiquiatria da FMUSP. (Fonte: Currículo Lattes)
Luiz Roberto Kobuti Ferreira possui graduação em Medicina pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) e Residência e Doutorado em Psiquiatria pelo Departamento e Instituto de Psiquiatria da FMUSP. (Fonte: Currículo Lattes)

Por que muitos idosos percebem que a sua memória não é tão boa quanto antes? Quais são as causas de problemas de memória? Como é possível tratá-los ou preveni-los?
São perguntas que fazem parte do cotidiano de boa parte da população, de profissionais de saúde e de pesquisadores da área do envelhecimento. Muitas respostas são conhecidas e muitas outras não.
Sabemos que a memória está muito relacionada com a saúde, que manter um bom estilo de vida para a saúde física e emocional ajuda muito a manter a memória. Quase todos sabem que atividade física e dieta saudável fazem bem para o corpo mas muita gente ainda não tem a clareza de que tais hábitos são muito importantes para a saúde mental, incluindo a memória.
Ansiedade, depressão e insônia prejudicam nossa capacidade de atenção, concentração e aprendizado. Essas são situações muito comuns no dia a dia das pessoas, mas felizmente há tratamentos.
A doença de Alzheimer aparece como uma das causas comuns de problemas de memória entre os idosos, afetando o cérebro de forma progressiva, fazendo com que os neurônios deixam de funcionar progressivamente até morrem. São vários os tratamentos que podem ajudar a aliviar os sintomas da doença, mas infelizmente ainda não foram descobertos meios de impedir que ela continue progredindo.
O equívoco está em usar a doença de Alzheimer como sinônimo de problema de memória em idosos, pois ela não é a única causa e também não serão todos os idosos que a desenvolverão. Existem estudos sendo desenvolvidos no Brasil e no mundo com o objetivo de descobrir causas e tratamentos para os problemas do cérebro.
Em São Paulo, com o apoio da FAPESP- Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo- estamos desenvolvendo um estudo para entender o funcionamento cerebral de idosos que não têm problemas de memória e nem diagnósticos neurológicos ou psiquiátricos. Queremos avançar as pesquisas sobre envelhecimento normal e assim contribuir com o conhecimento a respeito das doenças do cérebro que acometem os idosos. Atualmente estamos incluindo voluntárias mulheres entre 65 a 75 anos. A página do projeto na Internet (www.cerebro.med.br) contém mais informações e as inscrições de novos voluntários é feita exclusivamente através de um formulário neste site.
São impressionantes as descobertas sobre a memória no último século. Com esse conhecimento podemos fazer perguntas mais avançadas e com maior potencial de ajudar as pessoas. Pessoalmente, tem sido muito inspirador fazer parte disso tudo.

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