Indice IPC-3i que mede a inflação dos idosos fechou 2016 menor que a geral

dinheiroA Fundação Getúlio Vargas divulgou na última sexta-feira, 13 de janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade.

A inflação dos idosos acelerou de 0,67% para 0,93% na passagem do terceiro trimestre para o quarto trimestre de 2016 e acumulou alta de 6,07% no fechamento do ano.

Pelos dados oficiais, a variação de preços sentida pela população da terceira idade ficou abaixo da taxa de 6,18% acumulada em 2016 pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que apura a inflação média para as famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos.

Além de medir a evolução do custo de vida para indivíduos com mais de 60 anos de idade, o IPC-3i serve de referên­cia para a execução de políticas públicas nas áreas de saúde e previdência.

Seis das oito classes de despesa componentes do IPC-3i tiveram registraram taxas de variação maiores no quarto trimestre. A principal contribuição que pressionou o indicador partiu do grupo de despesas com transportes, que encareceu de 0,22% no terceiro trimestre para 2,37% no último trimestre do ano passado. O item que mais influenciou esse comportamento foi a gasolina, que variou 3,28% no quarto trimestre, ante queda de 1,79%, no anterior.

Os demais grupos de gastos com taxas maiores foram alimentação (de -0,22% para 0,31%), educação, leitura e recreação (de 1,34% para 2,66%), despesas diversas (de 0,39% para 1,54%), comunicação (de 0,52% para 1,03%) e vestuário (de 0,31% para 0,75%).

Ainda na comparação do terceiro com o quarto trimestre de 2016, houve destaque, ainda, para o comportamento dos preços de hortaliças e legumes, que saíram de queda de 28,2% para retração de 10,73%; passagem aérea (de 9,87% para 31,89%), cigarros (de -2,06% para 2,22%), tarifa de telefone móvel (de 0,86% para 1,63%) e roupas (de 0,11% para 0,98%).

Na direção oposta, o grupo de despesas com habitação saiu de alta de 0,72% no terceiro trimestre para queda de 0,16% no quarto trimestre, sob influência da tarifa de eletricidade residencial, que passou de retração de 2,69% para recuo de 6,25%. O grupo de gastos com saúde e cuidados pessoais repetiu a taxa de variação registrada na última apuração, de 1,82%.