
Entrevista com a Profª Marly Augusta Feitosa da Silva, presidente do GCMI- Grande Conselho Municipal do Idoso de São Paulo, para a série Conselhos Municipais de SP na Covid-19
Na última terça-feira, 28 de julho, o Prefeito Bruno Covas, declarou a sua preocupação com o crescimento nos números da contaminação dos idosos na cidade de São Paulo. Ele prometeu pedir para a Secretaria Municipal de Saúde um plano de atenção especial para essa faixa da população, que segundo o Sistema de Projeção Populacional da Fundação Seade, em 1º de julho passou de 1 milhão e 850 mil habitantes. Imagina-se que a maioria dos idosos estão atendendo os apelos das autoridades de ficarem em casa, mas estão sendo infectados pelos mais jovens da família que saem todo dia para trabalhar e trazem o vírus para dentro de casa.
O órgão de representação dos idosos da cidade o GCMI- Grande Conselho Municipal do Idoso de São Paulo, que é presidido pela professora Marly Augusta Feitosa da Silva, está em final de mandato. Ele não foi autorizado a usar parte do dinheiro do Fundo Municipal do Idoso para ações de ajuda, continua sendo somente um órgão consultivo, embora o projeto de lei que fará com que ele fique de acordo com o determinado pelo Estatuto do Idoso esteja há meses na fila para votação na Câmara dos Vereadores. O presidente da Câmara, Vereador Eduardo Tuma, não responde aos pedidos dos conselheiros. Os seis vereadores que fazem parte da Comissão Extraordinária do idoso e da Assistência Social, presidida pelo Vereador Gilberto Nascimento Jr também não tem feito nenhum gesto de defesa de colocação na pauta.
Para saber como o GCMI está atuando durante a pandemia, o Jornal da 3ª Idade entrevistou a sua presidente, a professora Marly Augusta Feitosa da Silva, representante da sociedade civil pela Região Oeste da capital, na gestão 2018-2020. Ela lidera a primeira gestão do Grande Conselho Municipal do Idoso de São Paulo só com mulheres na executiva.
Jornal da 3ª Idade – O Grande Conselho Municipal do Idoso de São Paulo está conseguindo trabalhar durante a pandemia?
Profª Marly Feitosa, presidente do GCMI– Sim, a gestão está em pleno funcionamento, só que atuando na forma virtual. A única das nossas funções que não está sendo feita é exatamente a fiscalização nas ILPI. Com a pandemia ficaram oficialmente proibidas as visitas e também o conselho é formado, quase que na totalidade por pessoas idosas, que também estão isoladas. Estamos fazendo reuniões, recebendo denúncias, fazendo encaminhamentos, tudo de modo virtual.
