

A assistente social Clotilde Benedik de Sousa, de 66 anos, que foi a candidata mais votada da Zona Norte da Capital, vai tomar posse como vice-presidente do GCMI- Grande Conselho Municipal do Idoso, para a gestão 2016-2018.
Clô, como todos a tratam, tem na sua formação também uma especialização em Gestão de Projetos Sociais e uma pós-graduação em Gerontologia. Ela, que é a coordenadora do Fórum do Cidadão Idoso do Jaçanã/Tremembé, contou que trabalha com idosos há 20 anos e atualmente atua na área técnica de uma Ong.
Casada, ela é mãe de um filho e ainda não tem netos.
Jornal da 3ª Idade- O que motivou a senhora a se candidatar para o GCMI?
Clotilde Benedik de Sousa- O GCMI trabalha na garantia de direitos à pessoa idosa, sem distinções de credo, etnia ou situação financeira. Eu me candidatei para conhecer as linhas de atuação do Conselho, que é o instrumento mediador entre Estado e sociedade e tem como meta propor políticas públicas. Penso que posso contribuir para o fortalecimento do GCMI, trabalhando de maneira objetiva e organizada, podendo proporcionar melhorias na qualidade de vida dessa parcela da população.
Jornal da 3ª Idade– Quais são os principais problemas dos idosos da Zona Norte da Capital, a região pela qual foi eleita?
Clotilde Benedik de Sousa- Os idosos enfrentam problemas onde quer que residam. Os problemas dos idosos moradores na Zona Norte não diferem das demais regiões do município. Na região do Jaçanã /Tremembé necessitamos de melhorias na área da saúde, como Centros Dia, Hospitais de Retaguarda e Terapêuticos, na área da Assistência, a ampliação do número de Núcleos de Convivência de Idosos (NCIs) que preconizam o envelhecimento ativo e saudável, de mais Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPIs), melhoria no atendimento ao idoso nos ônibus urbanos e acompanhar o Plano de Metas da Prefeitura pois na ZN ainda falta saneamento básico em alguns locais com grande número de idosos.
Jornal da 3ª Idade- Em sua opinião o que é preciso para mobilizar os idosos para participarem do debate dos seus direitos?
Clotilde Benedik de Sousa- Trabalhar cidadania com esta geração de idosos é um desafio, pois somente após a Constituição Federal de 1988 é que a população foi chamada a participar. A mobilização e a participação só acontecerão se os idosos conhecerem os seus direitos e deveres, através dos Fóruns Regionais ou através de lideranças locais, nos espaços do seu território. O idoso informado terá melhores condições de entender a importância de sua participação na vida política de seu bairro, de sua cidade e de seu país. Os conselheiros desempenham um papel importante nesta mobilização.
Jornal da 3ª Idade– Quais são os serviços que trabalham pelos idosos na Região Norte, que a senhora destaca?