Celina Crisante, Conselheira do GCMI na gestão 2016-2018, pela Região Centro. Foto: Jornal da 3a Idade
Formada em Ciências Sociais, a catarinense Celina Crisante, de 67 anos, aposentada por uma multinacional aonde trabalhou 32 anos, será uma das nove representantes da Região Centro, na gestão 2016-2018, do GCMI-Grande Conselho Municipal do Idoso.
Divorciada, mãe de um casal de filhos e avó de um casal de netos ela, que será conselheira pela segunda gestão consecutiva, já tinha sido eleita também para a gestão 2015-2016.
Proprietária de uma banca de jornal na Rua Barão de Itapetininga, desde 1992, ela diz que foi a partir dessa nova experiência de vida que passou a observar os idosos pobres que vagam pelo Centro da cidade.
Nascida em Criciúma, ela chegou em São Paulo em 1967 para fazer faculdade e nunca mais voltou a morar em seu Estado natal
Jornal da 3ª Idade- A senhora foi reeleita conselheira representando a Região Centro. O que a motivou a entrar no GCMI?
Celina Crisante- Eu participo, como voluntária, há 17 anos de várias entidades do Centro e sempre me doeu muito ver idosos, muito cedo perambulando pelas ruas, muitas vezes num frio tremendo. Os albergues não tinham vaga especifica para os idosos. As invasões do centro também não cogitavam levar idosos, porque essas invasões cobram mensalidades que vão de R$20,00 até R$300,00. Eu sempre achei isso muito injusto. São muitos os idosos que não têm renda alguma, então não têm como bancar isso. Uma amiga que frequentava o CRECI me indicou para representá-lo e eu me candidatei.
Jornal da 3ª Idade– O que traz para a segunda gestão depois de atuar por dois anos no GCMI?
Celina Crisante– Nesses dois últimos anos eu só aprendi. Para poder discutir é preciso ter conhecimento, porque a as questões que implicam a implantação das políticas públicas não são fáceis. É preciso ter muita capacitação. Hoje eu me sinto em condições de lutar.
Jornal da 3ª Idade- Qual são as propostas que lhe interessam lutar para conseguir melhorias para os idosos da cidade?
Celina Crisante– Eu quero lutar pela habitação para a pessoa idosa, nas diversas formas em que ela pode se apresentar. Principalmente nos dias de frio eu fico pensando, na minha cama quentinha, nos idosos desamparados. O idoso morador de rua precisa do amparo da locação social. E essa é a minha luta.