

A Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa de São Paulo, anteriormente anunciada para se realizar nos dias 30 de junho e 1º de julho foi remarcada para os dias 2 e 3 de julho de 2015, no Palácio das Convenções do Anhembi.
Para falar sobre a mudança na data e a expectativa oficial dessa Conferência, o Jornal da 3ª Idade conversou, no final da tarde de ontem, com a médica geriatra Guiomar Lopes Silva, que desde fevereiro de 2013 se encontra à frente da Coordenadoria do Idoso da Prefeitura de São Paulo.
Jornal da 3ª Idade – A data da Conferência Municipal dos Direitos dos Idosos de São Paulo foi remarcada. Quando será a nova e por que do adiamento?
Dra. Guimar Lopes Silva– A Conferência de São Paulo será realizada nos dias 2 e 3 de julho de 2015. A mudança foi devido à necessidade de organização do próprio Anhembi, que foi contratado para a realização da conferência.
Jornal da 3ª Idade – Qual é a expectativa da Prefeitura de São Paulo em relação a Conferência Municipal do Idoso?
Dra. Guimar Lopes Silva– A expectativa é que haja uma avaliação sobre o que já foi implementado de políticas públicas para o segmento idoso na nossa cidade e também como avançar na discussão das propostas para essa nova etapa dessa gestão e para a outra que virá. Diante do Estatuto do Idoso nós estamos aquém das necessidades e das demandas necessárias. É sem dúvida uma questão que precisa ser ampliada. A Conferência vem nesse sentido: de reforçar essas demandas e de colocar a população num movimento mais organizado para que ele se concretize.
Jornal da 3ª Idade – Existem reivindicações que vem sendo feitas há muito tempo e que serão cobradas na Conferência Municipal. A implementação do Fundo Municipal do Idoso, criado por lei em 2012, certamente será a mais lembrada. Qual a posição da Coordenadoria a respeito? Será levada alguma novidade para a Conferência?
Dra. Guimar Lopes Silva– Na questão do Fundo nós tivemos uma certa dificuldade de dar encaminhamento, porque ao regulamentar a Lei nós ficaríamos com a obrigação de operacionalizar o Fundo e para isso é necessária a criação de uma estrutura que não temos. É preciso ter um quadro de recursos humanos e também condições financeiras para que ele possa existir e ser operacionalizado. Hoje, à semelhança do que acontece com o Fundo da Criança e do Adolescente, existe uma dificuldade muito grande para se estabelecer um fluxo necessário para que esse Fundo consiga dar suporte e andamento aos projetos. É preciso uma infraestrutura adequada de pessoal. É preciso ter uma grande divulgação para que se consiga as doações. É preciso colocar um portal de cadastramento dos doadores, dos projetos, pois tudo tem que ser totalmente transparente. É uma grande empreitada e esses recursos precisam ser colocados no orçamento para que se consiga dar a assistência adequada.
Jornal da 3ª Idade – Mas todas essas necessidades estão sendo trabalhadas para acontecer ainda nessa gestão?
Dra. Guimar Lopes Silva– Nós estamos trabalhando isso junto com o Grande Conselho Municipal do Idoso. Fizemos a avaliação jurídica e nós vamos colocar para o próximo orçamento, para que o Fundo seja operacionalizado.
Jornal da 3ª Idade – O adiamento na data da conferência municipal de são Paulo estava preocupando, pois, o calendário do CNDI- Conselho Nacional dos Direitos do Idoso estabelecia como 30 de junho a data limite para as conferências municipais. Com o adiamento da nacional isso obviamente muda.
Dra. Guimar Lopes Silva– Muda e é uma pena que não tivéssemos conhecimento antes para também adiarmos a nossa. Teria sido melhor pois teríamos mais tempo para o debate. Tenho recebido a reclamação de muitos grupos de idosos que não entendem direito os eixos propostos. Discutir Gestão e Financiamento não é uma coisa fácil e por isso se tivéssemos tido mais tempo o resultado poderia ser melhor.
Jornal da 3ª Idade – Para quantas pessoas está sendo preparada a Conferência Municipal da Pessoa idosa de São Paulo?
Dra. Guimar Lopes Silva– Para 800 pessoas.
Jornal da 3ª Idade – Diminuiu? O Grande Conselho Municipal do Idoso de São Paulo vinha trabalhando com 1000 pessoas.
Dra. Guimar Lopes Silva– Não. Sempre trabalhamos com o teto de 800 pessoas, para delegados da sociedade civil e representantes do Governo Municipal e convidados.
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