
Na última sexta-feira, 18 de novembro de 2016, a morte de um idoso de 70 anos que estava tentando pegar o ônibus, quando caiu e foi atropelado pelo próprio veículo que passou por cima dele, na Avenida da Abolição, em Fortaleza, foi o estopim da revelação de uma situação que já vinha sendo estudada por autoridades e que agora virou uma ferrenha campanha aberta.
Na capital cearense, a cada seis dias um idoso morre no trânsito. Nos últimos cinco anos 332 idosos morreram atropelados naquela cidade, o que dá a média de 66 idosos mortos por ano e cerca de cinco por mês.
O dado alarmante, apurado pela Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) está sendo divulgado pelo promotor da 17ª Promotoria de Justiça Cível de Fortaleza, Alexandre de Oliveira Alcântara, que é gerontólogo pela SBGG- Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e que nos últimos anos tem se destacado na defesa dos direitos dos idosos.
O Jornal da 3ª Idade conversou com ele para entender “a guerra” que ele está vivendo contra os que desrespeitam os direitos dos idosos em Fortaleza.
Jornal da 3ª Idade– Essa situação de falta de respeito aos idosos existe em todas as grandes cidades, mas ao que o senhor credita números negativo tão altos em Fortaleza?
