

A OAB São Paulo, através da Comissão Especial Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa, presidida pela Dra. Adriana Maria de Fávari Viel, realizou no dia 8 de junho, na sua sede, no Centro da capital, um seminário para debater a Violência Contra a Pessoa Idosa.
O encontro, que abriu em São Paulo o mês de atividades para solenizar o Dia Mundial de Combate à Violência Contra a Pessoa Idosa, estabelecido pela ONU- Organização das Nações Unidas, no dia 15 de junho, serviu também para lançar a campanha da OAB-SP, com o título A violência dói mais quando vem de quem você ama.
A mesa oficial do evento reunir autoridades que lidam nos seus trabalhos com a questão de maus tratos aos idosos. Além de apresentarem dados estatísticos sobre o problema, colocaram propostas de enfrentamento que devem ser seguidas por entidades, para tentar aplacar esse triste comportamento que aumenta na sociedade de maneira geral.
A organizadora do evento, Adriana Viel destacou entre as várias ações que estão sendo feitas pela Comissão Especial Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa da OAB-SP, a solicitação encaminhada para todas as Subseções da entidade com o a finalidade de protocolarem nos seus municípios, uma Minuta de projeto de lei, endereçado as Câmaras Municipais para que a data de 15 de junho, Dia da Conscientização do Combate à Violência contra a Pessoa Idosa, seja inserido no calendário municipal.

Mandamos para todas as Câmaras Municipais dos 645 municípios, pois quando a data entra no calendário propicia que ações sejam organizadas pelas escolas e entidades municipais, disse a presidente da Comissão, Adriana Viel.
Ela também falou de cobranças políticas que a Comissão tem feito para órgãos governamentais em relação a programas divulgados, mas que depois as pessoas não sabem como estão se desenvolvendo. Ela contou que durante a reunião do Conselho Nacional do Idoso, em São Paulo, no começo de maio último, questionou a presidente do CNDI sobre o fluxograma da RENADI- Rede Nacional de Proteção e Defesa da Pessoa Idosa, prevista na Política Nacional do Idoso de 1994, implantada na 1ª Conferência Nacional do Idoso, em 2006, mas que ninguém sabe como está se desenvolvendo.
Palestrantes
O promotor de Justiça de Direitos Humanos da Capital, para a área do idoso, Délton Esteves Pastore lembrou na sua palestra que nem sempre violência é caso de polícia e que muitas vezes as pessoas não sabem o que fazer, nem onde buscar ajuda. Apontou as estatísticas do Disk 100, do Ministério da Justiça, que registra que cerca de 60% da violência contra a pessoa idosa é cometida por pessoas que estão mais próximas, na maioria das vezes morando na mesma casa.
Trabalhamos em várias frentes e uma delas é buscar adequar as leis a realidade das famílias da sociedade atual. Antigamente as pessoas faziam procuração para representarem idosos por tempo indeterminado. Hoje a nossa recomendação é que uma procuração seja de 1 ano e que se for preciso ela seja renovada. É uma maneira de evitar que familiares se apropriem dos recursos dos idosos, o que infelizmente vemos a cada dia aumentar, disse o promotor Délton Pastore.
Dr. Délton comoveu as pessoas com relatos tristes de situações que precisaram da intervenção do Ministério Público, em que idosos estavam abandonados pelas ruas ou mesmo na casa de parentes.
