Roberto Monteiro Fonseca é Perito Criminal Aposentado, mora em Rio Claro e é coordenador da LIVATI- Liga Independente de Voleibol Adaptado à Terceira Idade
O efetivo crescimento e fortalecimento do voleibol adaptado, seja como Minobol ou qualquer outra nominação, para tornar-se uma modalidade reconhecida e com apoio deve passar obrigatoriamente pelo suporte dos Clubes.
Os municípios devem zelar pelo bem estar do idoso oferecendo atividades físicas ou esportivas voltadas para o lazer, mas se nos atentarmos para as competições- em especial no estágio atual do voleibol adaptado- vamos perceber que é muito difícil a oferta com qualidade.
Os municípios já são responsáveis pela educação básica e muitos conhecem os problemas reais noticiados todos os dias.
A população de idosos é superior à dos infantes e cresce em velocidade superior. Em duas décadas teremos em muitas cidades mais idosos do que adolescentes até 14 anos.
Assim o pensamento lógico é divagar que se há enormes dificuldades em apresentar e manter projeto de qualidade par as crianças- situação que é exigida por uma série de leis- como proporcionar algo voltado para os idosos?
Como lazer é uma opção viável, mas e as competições? O que podemos afirmar é que seguramente, elas passam pelos clubes. Como ? Por meio de convênios e programas de incentivos e projetos voltados para as leis do esporte.
É possível ? Sem dúvida, há a necessidade de boa vontade, bom senso e vontade política. Apenas como um exemplo citamos Limeira. Lá o governo municipal firmou convênio, através de projeto, com um clube, destinando verbas específicas, carimbadas, para o voleibol adaptado à terceira idade.
As competições fazem parte da rotina dos clubes e se alguém acompanha, existem dois grandes campeonatos de natação máster que abrange todo o interior, com regras únicas e grande número de equipes participantes. Dele participam idosos de até 90 anos.
Então, é possível. Todavia, há a necessidade de muito trabalho, conhecimento básico de leis para ocupar determinadas funções ou, então, um assessoramento de alto nível e, a partir de um projeto viável, garimpar esses convênios. Certamente o aval de uma instituição reconhecida é excelente ferramenta para apresentação.
E o papel dos idosos? Arregaçar as mangas, trabalhar muito e cobrar dos responsáveis.