Nova coordenadora arquidiocesana de S.Paulo na Pastoral da Pessoa Idosa

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Dra. Conceição Aparecida Carvalho nova coordenadora da Pastoral da Pessoa Idosa da Arquidiocese de São Paulo.

O Cardeal Dom Odilo Scherer, Arcebispo de São Paulo, confirmou na semana passada o nome da advogada Conceição Aparecida de Carvalho para a função de Coordenadora da Pastoral da Pessoa Idosa, da Arquidiocese de São Paulo.

Conceição que atua na PPI desde 2013 na Diocese do Ipiranga entra para no lugar que até o meio do ano era ocupado por Cecília Falcioni, falecida no dia 3 de julho.

Conceição terá uma tripla responsabilidade: vai acompanhar a implantação das novas pastorais previstas, terá que dar apoio as PPI existentes na capital e o compromisso de estar assumindo no lugar da pessoa que tinha sido escolhida pela própria Dra. Zilda Arns para implantar a Pastoral da Pessoa Idosa na cidade de São Paulo, em 2006.

Ela não tem filhos e além da profissão que exerce há 30 anos, se dedica ao marido Edson Fialho da Silva com quem é casada há 25 anos e ao voluntariado também em outras entidades.

Ela conversou com o Jornal da 3ª Idade sobre sua vontade de trabalhar pelos idosos carentes de São Paulo.

Jornal da 3ª Idade – Como a senhora recebeu a sua escolha para ser a coordenadora da PPI de São Paulo?

Dra. Conceição de Carvalho- Na verdade tudo isso está sendo um grande aprendizado para mim. Não tinha a menor pretensão de ficar no lugar da Cecília, mas como Deus sabe todas as coisas, se fui a escolhida, já me comprometi com ele de cumprir essa missão com muito amor, principalmente às pessoas idosas, que amo de paixão.

Jornal da 3ª Idade – Além da PPI qual são suas outras atividades?

Dra. Conceição de Carvalho-  Eu sou advogada, formada desde 1985, pela FMU. Faculdades Metropolitanas Unidas. Exerço a minha profissão com muito amor. Não tenho filhos, muito menos netos, mas tenho dois lindos cachorrinhos, a Lollys que cuido desde que nasceu, hoje com 8 anos de idade e o Paçoca que peguei recentemente na rua e que deve ter uns 3 anos aproximadamente. Eu gosto de animais e sou integrante da Comissão de Defesa dos Direitos dos Animais da OAB/SP de Santo Amaro, aonde desempenhamos um trabalho muito gratificante também.

A Dra. Conceição Aparecida de Carvalho participando do encontro estadual da PPI, em novembro de 2015. Foto: Jornal da 3a Idade
A Dra. Conceição Aparecida de Carvalho participando do encontro estadual da PPI, em novembro de 2015. Foto: Jornal da 3a Idade

Jornal da 3ª Idade – Como aconteceu a sua entrada na Pastoral da Pessoa Idosa?

Dra. Conceição de Carvalho-  Eu estava procurando um trabalho voluntário. Na verdade, já havia tentado outros anteriormente, sem êxito. Visitei asilos, cheguei a fazer o curso de capacitação para trabalhar no Hospital do Câncer, em específico no Hospital São Paulo, onde dediquei por algum tempo, um dia por semana, servindo chá com bolacha para os doentes de câncer. A questão é que eu além de fazer isso, ia de leito em leito, conversar com cada um dos doentes, levando carinho, efetuando leitura da Bíblia, enfim passando um pouquinho de amor. Exatamente esse complemento, que para mim era o mais importante foi vetado e diante da minha insistência em levar esse conforto aos doentes, fui dispensada. Fiquei muito triste e embora a presidente da época tenha tentado me convencer do contrário, eu não aceitei e realmente me desliguei. Comentei o ocorrido com uma amiga, cujas palavras eu nunca esqueci. Ela disse: “não se preocupe, se até hoje não deu certo de você ficar nesses lugares que você passou, é muito simples de entender, Deus está lhe reservando um lugar certo”.

Jornal da 3ª Idade – E quando esse momento surgiu?

Dra. Conceição de Carvalho-Eu fui fazer um curso de teologia, com o Padre Mauro, na Cúria da Região do Ipiranga e logo no primeiro dia, na hora do intervalo, conheci uma pessoa muito alegre e solicita, a Irmã Lúcia. Contei a ela do meu desejo de trabalhar de voluntária, especificamente com pessoas idosas. Ela virou-se para mim e disse: “você está falando com a pessoa certa, eu sou Coordenadora da PPI da Paróquia Santa Paulina”. Fiquei muito emocionada. Ela explicou que eu precisava fazer a capacitação, mas antes teria que falar com a Coordenadora Diocesana da Região do Ipiranga. Tentei por diversas vezes falar com ela por telefone, mas não conseguia, até que decidi numa tarde ir diretamente a um igreja São Vicente de Paulo,aonde ela fazia as reuniões. Era justamente a Cecília, que me recebeu de braços abertos e com muito carinho. Então comecei a desempenhar o meu serviço como líder.

Jornal da 3ª Idade – E como foi sua atuação como líder?

Dra. Conceição de Carvalho-  Na verdade, como líder eu fiquei pouco tempo. Posteriormente estávamos na Canção Nova-eu a Cecília e a Nice, coordenadora da paróquia São João Clímaco-tínhamos ido lá visitar e estava presente o Padre Fábio de Melo. No intervalo, a Cecília me convidou para participar de uma assembleia na Igreja Santa Paulina, aonde seria discutido quem iria ficar no lugar dela, como Coordenadora Diocesana da Região do Ipiranga. Ela fez questão que eu participasse dessa eleição. Confesso que fiquei trêmula e muito assustada, ela muito calma me disse para não se preocupar porque teriam outras pessoas candidatas, mas Deus é quem iria decidir. De fato, participei e fui eleita, sendo nomeada para coordenação da Pastoral da Pessoa Idosa do Setor São Paulo- Ipiranga, com início em 15.06.2013 e término 15.6.2016. E foi nessa condição que meu nome foi indicado, através de uma lista tríplice.

Jornal da 3ª Idade – Qual é o principal desafio da PPI em São Paulo?

Dra. Conceição de Carvalho-  É exatamente implantar a sua Pastoral em um número continuando, expressivo de paróquias em São Paulo, motivar e convidar os paroquianos para inscrever-se para a Capacitação e ser um Líder voluntário da PPI. O meu serviço como Coordenadora, será voltado amplamente na implantação da PPI nas Igrejas, estar em sintonia e, agregar as Coordenadoras do nosso Setor de São Paulo, e juntas enfrentarmos as dificuldades buscando soluções e alegrando-se nas conquistas, tudo com o único escopo, assegurar a dignidade e a valorização integral das pessoas idosas.

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