Metrô de São Paulo terá espaço permanente de campanhas sobre envelhecimento e idosos

Presidente do Metrô prometeu campanhas durante todo o ano nas estações. foto: jornal3idade.com.br
Prefeitura de São Paulo recebeu o Selo Intermediário Amigo do Idoso. Na foto: Marly Feitosa , presidente do GCMI, a secretária Ana Claudia Carletto, da Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania e a secretária executiva estadual de Desenvolvimento Social, Nayra Karan. foto: jornal3idade.com.br

A  partir do próximo mês de maio, o Metrô da capital paulista, que tem uma circulação de 4 milhões de pessoas por dia, nas suas 62 estações, terá um espaço permanente de campanhas que vai abordar as questões do envelhecimento e do dia a dia das pessoas idosas.

A iniciativa foi anunciada hoje (23/1) pela manhã, numa solenidade realizada na sede da Prefeitura de São Paulo, através de um termo de cooperação entre a Secretaria Municipal de Direitos Humanos e Cidadania (SMDHC) e a Companhia Metropolitana de São Paulo.

No evento, o  documento foi assinado por  Silvani Alves Pereira, ex-secretário-executivo do Ministério das Cidades, da gestão Temer, que está na presidência do Metrô há um ano e pela Secretária Municipal de Direitos Humanos e Cidadania, da Prefeitura de São Paulo, Ana Claudia Carletto.

Presidente do Metrô prometeu campanhas durante todo o ano nas estações. foto: jornal3idade.com.br

O  Metrô já treinou mais de 3 mil funcionários na área de Cuidados. Nas nossas estações passam 120 mil idosos por dia. Nós recebemos com frequência  grupos de idosos que vão conhecer como funcionam as estações. Temos um trabalho já desenvolvido com prevenção de  quedas. Todas as nossas instalações estão adaptadas, temos mais de 500 escadas rolantes e 150 elevadores. Nessa parceria  estamos abrindo espaço para  eventos, disse o presidente do Metrô que afirmou conhecer bem as necessidades dos idosos, porque já foi secretário municipal de saúde.

O calendário de atividades dessa parceria ainda não está organizado, mas estão previstas também apresentações culturais nas estações.

Nós vamos, através dessa importante parceria com o Metrô procurar chamar a atenção da população – que ainda não percebeu – que a cidade está envelhecendo. Vamos fazer durante todo o ano apresentações temáticas, debates e capacitações, para chamar a atenção para a necessidade de uma cidade mais amigável para os idosos, disse Sandra Regina Gomes, a coordenadora da Coordenação de Políticas para as Pessoas Idosas.

 Selo Amigo do Idoso

O anúncio da parceria com o Metrô foi feito no evento que, às vésperas do aniversário da cidade, quis caraterizar “como um presente’, o recebimento pela Prefeitura do Selo Intermediário Amigo do Idoso.

O que é o  Selo Amigo do Idoso?

Baseado nas regras do programa do Envelhecimento Ativo da Organização Mundial da Saúde (OMS) foi criado, há  8 anos, o programa estadual São Paulo Amigo do Idoso e o Selo Amigo do Idoso, para incentivarem  ações e campanhas que chame a atenção das cidades para se prepararem para o envelhecimento das suas populações.

São três etapas para uma cidade conseguir o Selo:

Para obtenção do Selo Inicial são necessárias 6 ações obrigatórias:

a) Criar o Conselho Municipal do Idoso;
b) Realizar Diagnóstico de Gestão sobre as políticas voltadas para o idoso;
c) Realizar Diagnóstico com os idosos no município;
d) Incluir ações para a garantia dos direitos dos idosos nos Planos Municipais de Saúde e Assistência Social;
e) Adequar/ampliar a cobertura vacinal de idosos;
f) Implantar ações de saúde e prevenção de quedas para idosos.

A cidade recebeu o Selo Inicial em outubro do ano passado (leia reportagem)

Para a conquista do Selo Intermediário mais 3 ações são obrigatórias e 3 eletivas. As 3 ações obrigatórias são:

a)Cadastrar os idosos no Cadúnico;
b)Realizar ações de saúde bucal para idosos e;
c)Desenvolver ações para ampliar a cobertura dos idosos que tem direito ao Beneficio de Prestação Continuada-BPC.

A cidade recebeu esse Selo hoje (23/1/2020).

Por fim, para obtenção do Selo Pleno é indispensável 2 ações obrigatórias:

a) Repetir o diagnóstico com os idosos;
b) Criar o Fundo Municipal do Idoso (já existe ).