

A Fundação Seade, órgão responsável pelos dados de São Paulo, divulgou ontem uma pesquisa mostrando que 72% das mortes ocorridas em 2018 eram de pessoas com 60 anos e mais de idade, enquanto 20% correspondiam a idosos com mais de 85 anos. Essa composição é muito distinta do que ocorria no passado.
O estudo sobre as mortes em todo o Estado em 2018 foi feito com base nas informações dos Cartórios de Registro Civil de todos os municípios paulistas.
Em 1950, por exemplo, somente 22% das mortes eram de pessoas com 60 anos e mais, e aquelas com mais de 85 anos representavam apenas 3% do total. Destaca-se que 32% dos óbitos eram de crianças menores de um ano, ao passo que em 2018 essa proporção caiu para 2%. A projeção dessa tendência é de redução para 0,5% até 2050.
Verifica-se que as mortes vão ocorrendo em idades cada vez mais avançadas, alterando profundamente a composição etária de seu conjunto ao longo do tempo. À medida que as mortes precoces são evitadas a mortalidade declina, concentrando-se entre os mais idosos. A forte queda da mortalidade infantil ocorrida no estado é o exemplo mais expressivo dessa tendência.