Marília, no Interior de São Paulo faz integração idosos e adolescentes

Trabalho intergeracional desenvolvido em Marília, Interior de São Paulo. Foto: Secom/ Marília

Atividades físicas, bate papo sobre cidadania e lições de vida com quem já viveu muitos anos fazem parte de uma ação desenvolvida por meio de uma parceria entre a Secretaria Municipal da Saúde de Marília e a Escola Estadual Baltazar de Godoy Moreira, no bairro Somenzari (zona oeste). A roda de conversa que aconteceu na última sexta-feira, 17 de novembro, prestigiado por dezenas de idosos e adolescentes faz parte desse projeto.

A iniciativa é da professora Fabrícia Canola, que buscou o apoio em um dos grupos de Cinesioterapia, programa que o município desenvolve por meio da área de Atenção à Saúde do Adulto. Em sua maioria, estes grupos são formados por idosos, com vínculos comunitários.

Em Marília, mais de mil pessoas têm as unidades de saúde como referência para a prática de atividades físicas, sob a orientação de profissionais de fisioterapia (UBSs) e educação física (USFs). Os encontros acontecem semanalmente como prática de promoção da saúde e prevenção a doenças.

O projeto de integração, executado por Fabrícia, leva tanto às crianças para ambientes de convivência de idosos, quanto à população com mais de 60 anos à escola. As atividades acontecem por meio de rodas de conversa e brincadeiras. O resultado tem sido positivo para ambos.

“Fazendo com que os estudantes vivenciem, mais de perto, esse universo do envelhecimento saudável, conseguimos quebrar estigmas e formar um cidadão mais consciente e com maior percepção de seu papel social”, acredita a fisioterapeuta Cíntia Cristina Luiz Más Suizu, atuante no Programa de Cinesioterapia, que compareceu com o grupo da UBS São Miguel.

Para Fabrícia, a construção destes vínculos gera um grande impacto na educação. “É uma forma que encontramos para trabalhar valores. Quando essa relação se dá com compreensão, diálogo e respeito, repercute na família e no desejo desse jovem de contribuir ainda mais para um mundo mais saudável, educado e feliz”, acredita a educadora.