

Hoje pela manhã (já ontem na Coreia do Norte), nas dependências de um hotel na cidade de Monte Kumgang, 89 idosos sul-coreanos se reencontram com os parentes norte-coreanos dos quais foram separados por mais de seis décadas, desde a guerra que dividiu a península em dois.
A idade da maioria passa os 85 anos e entre eles estão duas mães separadas de seus filhos, que se casaram novamente e tiveram outros filhos na Coreia do Sul, mas nunca tinha perdido a esperança de reencontrar seus primogênitos.
Segundo o jornal North Korea Times, os parentes compartilhavam abraços e choravam muito de um comboio de ônibus cruzar a fronteira para o norte. Durante três dias, os participantes terão seis encontros com seus parentes norte-coreanos, sempre sob o olhar atento de agentes norte-coreanos.
Desde 2000 foram realizadas 20 reuniões como essa e a última tinha sido em outubro de 2015. Milhões de famílias coreanas foram divididas pela Guerra da Coréia de 1950 a 53. Depois de mais de 50 anos de separação, muitos dos que esperavam se reunir com seus entes queridos morreram. Entre os mais desesperados para se reconectar com a família estão os americanos coreanos que nunca foram incluídos no processo de reencontro.
Para entender como aconteceu a separação
A história da divisão das duas Coreias remonta ao fim da Segunda Guerra Mundial. Desde 1910, o território era ocupado pelos japoneses, que se renderam após a explosão das bombas atômicas. Com a derrota, a Coreia foi dividida entre soviéticos e americanos, exatamente no paralelo 38. A parte que ficava acima da linha imaginária ficou a cargo da União Soviética. Coreanos que viviam abaixo da linha passaram para as mãos dos norte-americanos. Em 1948, foram instaurados novos governos nos dois países. Porém, nenhum dos territórios estava feliz com a divisão e ambos queriam controle sobre o país. Em 1950, China e União Soviética ajudaram os norte-coreanos a invadir a Coreia do Sul. Tropas americanas enviaram socorro ao seu território de influência, dando início à Guerra da Coreia. O conflito durou até 1953, quando foi assinado um armistício. (texto do portal Nova Escola).