Geraldo José da Cunha foi reeleito pela Zona Oeste e representará o Butantã

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Geraldo Jose da Cunha representante do Butantã no GCMI ao lado neto Rafael. Foto: Jornal da 3a Idade
Geraldo José da Cunha representante do Butantã no GCMI ao lado neto Rafael. Foto: Jornal da 3a Idade

Geraldo José da Cunha, de 62 anos, foi reeleito para o GCMI- Grande Conselho Municipal do Idoso de São Paulo, para a gestão 2016-2018, com votos do Butantã, onde participa do Fórum do Cidadão Idoso.

Na comunidade e mesmo no GCMI ele é tratado por Geraldinho e é assim que gosta de ser chamado.

Ele está orgulhoso de ter conseguido dobrar o número de votos da eleição passada. Ele é aposentado, mas continua trabalhando como funcionário da USP, na sua especialidade, no Centro de Computação Eletrônica.

Jornal da 3ª Idade– O senhor vai começar a próxima gestão com mais bagagem pelo que aprendeu na vivência da gestão anterior. Nessa reeleição, quais são as propostas que pretende defender?

Geraldinho– Quero continuar lutando para cumpri a lei. Quero que a gente passe a fazer assembleias gerais e assembleias regionais.

Jornal da 3ª Idade– O que exatamente será trabalhado nessas assembleias?

Geraldinho– Existe uma confusão e uma ordem inversa de valores nessa relação do Conselho com os trabalhos que são feitos nas regiões da cidade. O Conselho deveria discutir e acatar as demandas que recebe das assembleias regionais. Hoje o que acontece é o contrário. O GCMI decide e os demais é que devem acatar. As assembleias são soberanas.

Jornal da 3ª Idade– Essa experiência já foi testada em alguma região? Foi feita alguma vez?

Geraldinho– Ainda não, mas nós já temos 23 conselheiros que estão endossando essa proposta e que logo após a posse deverão encaminhar para a presidenta do GCMI.

Jornal da 3ª Idade- Mas essas assembleias não se chocariam com os Fóruns?

Geraldinho– Os Fóruns representam uma parte da cidade e alguns são até bastante fechados. Uma assembleia será para todos daquela determinada região, que depois vão participar de assembleias gerais.

Jornal da 3ª Idade– O senhor está propondo uma espécie de conferencia permanente. O senhor acha que o movimento de idosos está organizado para isso? Os coordenadores dos fóruns reclamam da falta de comparecimento dos idosos, da falta de renovação nos quadros. O mais comum é uma liderança participar de vários fóruns.

Geraldinho– Como é que as pessoas vão participar se falta divulgação? As pessoas não ficam sabendo do que acontece. E quem fica sabendo participa de tudo. Temos que abrir espaço para as demais lideranças e para quem ainda não é liderança, mas poderá vir a ser.

Jornal da 3ª Idade– A região do Butantã pela qual o senhor foi eleito é considerada uma região elitizada, com bolsões de pobreza.

Geraldinho– Não. É exatamente o contrário. O Butantã é uma região pobre, com 82 pontos de favela, aonde se encontram bolsões de riqueza. Temos uma região de contrastes absurdos. Na nossa região está a maior Universidade da América Latina e 10% do PIB da Capital e também o segundo maior índice de analfabetismo do Estado de São Paulo.

Jornal da 3ª Idade– As pessoas acham o contrário. A região tem núcleo de convivência, está ganhando um centro Dia, tem CEU, vai ganhar uma AME do Estado, tem um Fórum que se reúne sempre. Comparado com as demais regiões está na frente.

Geraldinho– Só que esses equipamentos estão servindo exatamente para as pessoas organizadas. O pobre está perdendo o HU- Hospital Universitário que está fechando e que era quem socorria todo mundo. O Conselho do Idoso trabalha pensando naquele idoso de 10 anos atrás. Os idosos de hoje são diferentes. E o Conselho tem que se adaptar. A gente vive falando que a população está aumentando, mas nos conselhos somos sempre os mesmos. Cadê os demais idosos? Temos que divulgar para chamar todo mundo.

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