O Fórum Permanente em Defesa da Pessoa Idosa da Bahia comemorou na última quinta-feira, 27 de janeiro, seu aniversário de 18 anos, com evento virtual, recheado de lideranças locais. O tema foi “Os direitos da Pessoa Idosa, seus desafios e efetivação na sociedade civil”.
Participaram como palestrantes convidados o advogado, Raphael Castelo Branco, presidente da Comissão da Pessoa Idosa da OAB-CE, Ordem dos Advogados do Brasil no Ceará; a assistente social, Especialista em gerontologia, Marta Ferreira Gomes, presidente da ANG-AL, Associação Nacional de Gerontologia em Alagoas e a coordenadora do FPDPI-BA- Fórum Permanente em Defesa da Pessoa Idosa da Bahia, Girlene Santana.
É um momento importante de celebração da construção do Fórum, mas também, temos muito pouco para comemorar pois, vivemos um momento de perdas de direitos construídos ao longo de anos, por muitas mãos e muitos braços. Precisamos de muita unidade para lutarmos pelos direitos da pessoa idosa, falou a coordenadora do Fórum na abertura do evento.
O Brasil não se preparou para o envelhecimento quanto ele despontava como um fenômeno dos novos tempos. Hoje o processo acelerado do envelhecimento é inexorável, pois, não tem volta. É uma realidade na sociedade mundial, que no nosso país enfrenta uma adversidade pesada. O Brasil não se preparou, por isso não consegue receber as demandas das pessoas que envelheceram, disse a Profª. Marta Ferreira Gomes, na retrospectiva que fez da evolução das garantias legais dos direitos da pessoa idosa, desde a Constituição de 1988 até agora.
A primeira constituição brasileira é de 1824 e foi outorgada por D. Pedro I. De lá para cá a primeira menção à pessoa idosa no nosso ordenamento jurídico só apareceu no Artigo 230 da atual Constituição, de 1988. Tivemos quase 500 anos de história jurídica para começar a reconhecer os direitos desse grupo social. As nossas leis são distinguidas até por parceiros internacionais. No entanto, o desafio que temos hoje, tão importante como o de criar leis e o de efetivar as que já existem. São muitas que não estão sendo vivenciadas, na prática, falou o Dr. Raphael Castelo Branco.
A coordenação do evento esteve a cargo da Prof.ª Maria Emília Rodrigues, educadora, Especialista em Gerontologia e representante da ANG-BA, no Fórum.