

Expor as formas de violência que são praticadas contra as pessoas idosas na nossa sociedade.
Apresentar um trabalho que na prática está combatendo esse tipo de distúrbio familiar e social e também- se utilizando dos serviços públicos oferecidos por programas municipais e federais- melhorado a qualidade do atendimento de saúde dos idosos, na Capital, podendo ser replicado em outras cidades.
Esses foram os temas das palestras do terceiro Fórum Paulista de Conscientização do Envelhecimento, que foi realizado na Faculdade de Direito da USP, no Largo São Francisco, na última sexta-feira, dia 8 de dezembro, contando com a presença de 60 pessoas.
Foram apresentados os primeiros resultados parciais, tabulados de um questionário que o Fórum Paulista encaminhou para pessoas que trabalham com idosos, na Capital e na Grande São Paulo. A enquete – que ficará aberta até o primeiro encontro de 2018- está sendo encaminhada para todas as cidades do Estado de São Paulo, mas pode ser respondida, na Internet, por qualquer pessoa que queira colaborar.

Esteve presente no encontro a presidente da Comissão da Pessoa Idosa da OAB SP, a Dra. Adriana Maria Fávari Viel, que já tinha prestigiado o Fórum Paulista de Concientização do Envelhecimento, ao ser palestrante do primeiro encontro no Interior, na cidade de Americana.
No debate, ao final do encontro, vários participantes levantaram alguns problemas urgentes que estão sendo apontados pelos idosos nos seus fóruns regionais.
Participaram representantes do Fórum da Pessoa Idosa de Pirituba e Região, na Zona Norte da Capital; do Fórum da Pessoa Idosa de Pinheiros, na Zona Oeste da Capital; do Fórum da Pessoa Idosa de Ermelino Matarazzo e Região, da Zona Leste da Capital; do Fórum da Pessoa Idosa do Butantã, na Zona Oeste da Capital; do Fórum de Políticas Públicas da Região Centro da Capital, do Fórum da Pessoa Idosa da Capela do Socorro, Santo Amaro e Região, na Zona Sul da Capital; do Fórum da Pessoa Idosa de São Mateus, na Zona Leste da Capital; do InterFórum da Capital; da RPDI Centro; da Capital; da RPDI Norte, da Capital; do Fórum da Pessoa Idosa de Guarulhos, na Grande São Paulo; do CMI de Diadema, na Grande São Paulo; do CMI de Mauá, na Grande São Paulo; do CMI de Osasco, na Grande São Paulo e do CMI de Valinhos.
Violência Contra a Pessoa Idosa
A especialista e Mestre em Gerontologia, Maria Alice Machado, membro da Gerações, deu uma aula sobre as várias facetas da Violência Contra a Pessoa Idosa na nossa sociedade, mostrou resultados de pesquisas oficiais e indicou os vários caminhos que os idosos nos Fóruns, nos Conselhos e as entidades que trabalham com envelhecimento devem seguir para erradicar esse problema (leia entrevista com ela).
O exemplo de São Mateus na Zona Leste da Capital
A assistente social, Vera Lúcia Mariano, apresentou a Rede de Atenção e Proteção à Pessoa Idosa no Bairro de São Mateus, na Zona Leste da Capital, que há 13 anos desenvolve um trabalho organizado, com apoio de técnicos e funcionários públicos. O território de abrangência tem cerca de 600 mil habitantes com 10% deles sendo de pessoas idosas.
Vera Mariano focou sua apresentação no trabalho que a Rede de São Mateus desenvolve com a Saúde e destacou o programa do PAI- Programa de Acompanhamento de Idosos, trabalho que foi premiado pelo Ministério da Saúde selecionado, no V Mapeamento de Experiências exitosas de gestão pública no campo do envelhecimento e saúde da Pessoa idosa. (leia entrevista com ela).
Problemas apresentados no debate
Entre as várias manifestações registradas pelos representantes de trabalhos com idosos a que mais criou polêmica foi a dúvida sobre o prazo para cadastramento dos idosos beneficiários do BPC no CadÚnico, que era até o final deste ano e que foi prorrogado para dezembro de 2018.
O coordenador do InterFórum da Capital, Remo Vitorio Cherubin, também conselheiro pelo GCMI pela Zona Sul, lembrou que ainda existem muitas dúvidas a respeito e que as pessoas estão achando que vão perder o benefício.
Popularmente conhecido como LOAS, o BPC é um benefício do Governo Federal voltado a idosos e pessoas com deficiência. É necessário procurar um Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) para receber informações como conseguir o cadastro no CadÚnico. O que está sendo solicitado agora é que as pessoas que já recebem procurem o CRAS para atualizar seu cadastro.
Próximo encontro o 4º na Capital