No Dia Internacional Contra a Discriminação Racial (21/03), será realizado no Sesc 24 de Maio, em São Paulo, o seminário Gente que Transforma a Educação: Experiências de Equidade Racial e de Gênero que promoverá uma reflexão sobre os avanços, impactos e desafios da educação para igualdade racial e de gênero, à luz da lei nº 10.639/2003, que tornou obrigatório o ensino da cultura e história afro-brasileira em todas as escolas públicas e particulares do Ensino Fundamental e Ensino Médio. A lei garante uma ressignificação e valorização cultural das matrizes africanas que formam a diversidade cultural brasileira.
O seminário, iniciativa do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT) em parceria com o Instituto Unibanco, SESC SP e Fundação Ford, apresentará as experiências das sete edições do Prêmio Educar para Igualdade Racial e de Gênero, que foi lançado, em 2002. O prêmio possui um acervo de quase três mil práticas escolares voltadas à promoção da igualdade étnico-racial e é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) como uma das principais iniciativas voltas à equidade racial.
Entre os participantes estão educadores de diversas regiões do Brasil que apresentarão experiências já implementadas em escolas públicas e abordarão a importância de uma educação que valorize a diversidade e a cultura e história afro-brasileira como forma de reduzir a evasão escolar e melhorar o desempenho de crianças, adolescentes e jovens negros e negras nas escolas.
Abrem o evento Átila Roque, diretor da Fundação Ford Brasil, o diretor regional do Sesc-São Paulo, Danilo Miranda, a socióloga Neca Setubal, presidente dos conselhos do Cenpec e da Fundação Tide Setubal, o superintendente do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques e a atriz Taís Araújo, além de Cida Bento, coordenadora executiva do CEERT.
O primeiro painel de debate – “O Cotidiano das Boas Práticas” – será coordenador por Ricardo Henriques e Neca Setubal. Já a segunda mesa “Aprendizagens da Comunidade Escolar”, contará com a professora da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar) Petronilha Gonçalves, integrante da comissão que elaborou o parecer do Conselho Nacional de Educação (CNE) para as diretrizes curriculares da proposta da Lei 10.639/03.
O escritor cubano Carlos Moore, pesquisador e cientista social dedicado ao registro da história e da cultura negra fará a palestra “Educação, História e Cultura”. Carlos Moore é Doutor em Ciências Humanas e em Etnologia pela Universidade de Paris-7, na França, foi professor titular de relações internacionais da University of the West Indies (UWI) e professor visitante da International University of Florida. É conhecido internacionalmente pela luta contra o racismo, pelo pan-africanismo.
A última mesa de debate “Gestão Escolar para Equidade: Reflexões Sobre Práticas Desenvolvidas em Escolas Públicas” terá a participação do Prof. Valter Silvério, especialista em Sociologia com ênfase em Relações Raciais, da Universidade Federal de São Carlos (Ufscar).
A programação inclui ainda um live paint (pintura ao vivo marcada pela influência da arte de rua) do artista plástico Enivo, que retratará aspectos abordados durante o evento, e uma apresentação da sambista baiana Mariene de Castro, que já produziu cinco discos com influência da cultura afro-brasileira. O show da cantora encerra o seminário.
Programação
09h00 – Credenciamento
09h30 – Abertura
Átila Roque – diretor regional da Fundação FORD Brasil
Cida Bento – coordenadora executiva do CEERT (Centro de Estudos de Relações de Trabalho e Desigualdades);
Danilo Miranda – diretor do SESC (Serviço Social do Comércio) do Estado de São Paulo
Ricardo Henriques – superintendente executivo do Instituto Unibanco
Tais Araújo – atriz
10h15 – Painel 1 – O Cotidiano das Boas Práticas
“Ultrapassando os muros da escola”
Francisco Cruz do Nascimento– diretor do Colégio Estadual Paulo César da Nova Almeida (Ibirapitanga/BA
Antônio José Santana Jr. – professor do Colégio Estadual Paulo César da Nova Almeida
“A diferença é o tempero da vida”
Nilda Fátima Moraes de Oliveira Silva – diretora da Escola Estadual Cândido Mariano (Aquidauana/MS)
“Eu não sabia que meus antepassados eram tão valorosos”
Odalícia Conceição – professora da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Jornalista Rômulo Maiorana (Ananindeua/PA)
Coordenação: Neca Setubal e Ricardo Henriques
12h00 – Intervalo
13h30 – Palestra – Educação, História e Cultura
Prof. Carlos Moore
Coordenação: Daniel Teixeira
14h30 – Painel 2 – Aprendizagens da Comunidade Escolar
“Liberdade religiosa na escola: construindo valores éticos para uma convivência”
Patrícia Mendonça– diretora da Escola Municipal Florestan Fernandes (Belo Horizonte/MG)
Patrícia Santana – professora da Escola Municipal Florestan Fernandes
“Um príncipe africano: fazer pedagógico”
Cibeli Racy – diretora da Escola Municipal de Educação Infantil Nelson Mandela (São Paulo/SP)
Vídeo: A Voz da Comunidade Escolar
Debatedora: Profa. Petronilha Gonçalves
Mediadora: Taís Araujo
15h40 – Debate – Gestão Escolar para Equidade: Reflexões Sobre Práticas Desenvolvidas em Escolas Públicas
Valter Silvério – UFSCAR (Universidade de São Carlos)
Cida Bento – CEERT
16h20 – Intervenção Força Negra
Enivo – artista plástico, curador e organizador de exposições
18h20 – Encerramento
Show de Mariene de Castro
Data/Horário: 21 de março de 2018, das 9h30 às 17h
Local: SESC 24 de Maio – Rua 24 de Maio, 109 – República, São Paulo