O limite da vida humana continua sem ser limitado. Foto: geralt/PixabayO limite da vida humana continua sem ser limitado. Foto: geralt/Pixabay
Um estudo publicado na última quinta-feira, 28 de junho, pela Science- a revista da Associação Americana para o Avanço da Ciência, considerada referência mundial na divulgação de novos estudos- apresentou uma pesquisa realizada pela Universidade de Roma La Sapienza que afirma que após os 105 anos de idade o envelhecimento é interrompido, já que o risco de morte é constante para os próximos anos.
A coordenadora do estudo, a demógrafa Elisabetta Barbi, do Departamento de Estatística da Sapienza afirmou que nos resultados do trabalho o risco de morrer se estabilizou em pessoas de 105 anos, diminuindo as taxas de probabilidade imediata.
A novidade do estudo explica que essa idade dos 105 pode ser marco no risco que corremos na medida que envelhecemos. Normalmente passamos a ter diferentes expectativas com o passar do tempo. O risco de morte do ser humano é três vezes maior aos 50 anos, do que aos 30 anos. Ao chegarmos aos 60 e 70 anos, nossas chances de morrer dobram a cada 8 anos. Quem chega aos 100 anos tem apenas 60% de chance de completar mais um ano de vida.
O estudo publicado agora mostra que o corpo passa a se comportar como se entendesse que já que o risco é imediato, pelo avanço da idade, não vai gastar energia em envelhecer. Assim aumentam as chances das pessoas viverem mais tempo. Isso significa que uma pessoa de 106 anos tem a mesma probabilidade de viver para 107, enquanto uma pessoa com 111 anos de idade vive com 112.
A equipe da Universidade Sapienza de Roma trabalhou num banco de dados de pessoas 105 anos de idade entre os anos de 2009 e 2015, num total de 3836 indivíduos. As informações foram compiladas do Instituto Nacional Italiano de Estatística, o equivalente ao nosso IBGE. Segundo os cientistas os dados são confiáveis porque os municípios italianos mantêm registros cuidadosos de seus moradores.