Entrevista com a assistente social Elizabeth João, do CRECI de São Paulo

A assistente social, Elizabeth João, numa palestra no Parque da Juventude.
A assistente social, Elizabeth João, numa palestra no Parque da Juventude.
A assistente social, Elizabeth João, numa palestra no Parque da Juventude.

Hoje, 15 de maio, é comemorado o Dia do Assistente Social, data escolhida para valorizar e homenagear os profissionais que se dedicam- com seus conhecimentos técnicos- a traba-lhar na pesquisa, administração, planejamento, acompanhamento e avaliação de programas sociais.

A profissão foi uma das primeiras a ser reconhecida no país e as escolas de Serviço Social surgiram no Brasil no final da década de 1930, quando se desencadeou o processo de industrialização e urbanização. Nas décadas de 40 e 50 houve um reconhecimento da importância da profissão, que foi regulamentada em 1957, com a lei 3252.

Na área da gerontologia e trabalho com idosos, esses profissionais têm sido fundamentais na construção de uma cultura e políticas sobre o envelhecimento.

Numa festa junina do CRECI- Centro de Referência do Idoso
Numa festa junina do CRECI- Centro de Referência do Idoso

Para prestigiar a data, o Jornal da 3ª Idade conversou com a assistente social paulista, Elizabeth João,  que desde 1996 atua na área, e que é a gerente do CRECI- Centro de Referência da Cidadania do Idoso, órgão da Prefeitura de São Paulo administrado pela CROPH -Coordenação Regional das Obras de Promoção Humana.

Jornal da 3ª Idade– Qual a importância do profissional de Serviço Social nos trabalhos voltados para os idosos, em todo o Brasil?

Assistente Social Elizabeth João – Os assistentes sociais são muito importantes na articulação do usuário com o serviço que ele precisa, em várias áreas. Para os idosos os profissionais têm sido importantes principalmente na informação referente aos direitos e deveres e orientando quanto as políticas públicas já existentes. E os assistentes sociais que tem conhecimento na área da gerontologia tem tido um papel ainda mais fundamental nas orientações deste público alvo.

Jornal da 3ª Idade– Em qual área os assistentes sociais têm mais contribuído?

Elizabeth João como mediadora numa reunião do Conselho Municipal do Idoso de São Paulo.
Elizabeth João como mediadora numa reunião do Conselho Municipal do Idoso de São Paulo.

Elizabeth João– Na área da Assistência Social, nas Secretarias de Assistência e Desenvolvimento Social dos municípios ou dos Estados.

Jornal da 3ª Idade– Quais as principais reivindicações da categoria atualmente, em São Paulo?

Elizabeth João– Um piso salarial. A solicitação é de sete salários mínimos.

Jornal da 3ª Idade– No trabalho com idosos em São Paulo, os assistentes sociais estão sendo prestigiados?

Elizabeth João–  Os profissionais são prestigiados na medida que vemos as pessoas sendo atendidas nas suas necessidades. Os idosos também são bastante atenciosos com os profissionais.

Elizabeth João confraternizando com idosa na 3a Confer~encia Estadual do Idoso.
Elizabeth João confraternizando com idosa na 3a Conferência Estadual do Idoso.

Jornal da 3ª Idade– Por que sua escolha foi por essa profissão?

Elizabeth João–  Eu trabalhei na Secretaria de Esportes e Turismo do Estado de São Paulo no trabalho do Clube da Terceira Idade. Muitas vezes presenciei situações contraditórias, onde o filho solicitava uma viagem para o idoso, pois tinha um casamento ou evento em que não queriam a presença dele. Essas coisas me tocavam muito fundo. Passei a acreditar que o Serviço Social poderia me ajudar a trabalhar essas situações.

Jornal da 3ª Idade– E como profissional encontrou as respostas que precisava?

Elizabeth João–  Realmente achei as respostas e muitas perguntas e desafios. E são eles que me fazem acordar diariamente interessada no meu trabalho.