A Secretaria de Mobilidade Urbana da Prefeitura de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba, está realizando uma campanha para destacar que todos os assentos dos ônibus são prioritários, não somente os colocados na frente do veículo.
Como na maioria dos ônibus de todo o país, as indicações de assentos preferenciais na cidade estão somente em lugares específicos, mas com a campanha eles deverão ser retirados. A proposta é para educar a população no sentido de que idosos, obesos, pessoas com deficiência, gestantes e pessoas acompanhadas de criança de colo possam reivindicar qualquer um dos assentos no transporte coletivo urbano. Essa permissão está amparada na Lei Municipal 1.859, de nove de março de 2017.
O superintendente de Mobilidade Urbana de João Pessoa, Adalberto Araújo, afirma que essa iniciativa tem caráter educativo e precisa ser obedecida por pessoas de todas as idades: É essencial que observemos tanto para aqueles que já possuem a garantia por lei, como também percebermos quem precisa de um olhar diferenciado. É essencial que o sistema esteja pronto para acolher essas pessoas, defendeu.
Para conscientizar os demais usuários, incentivar o cumprimento da legislação e embasar a reivindicação de quem tem direito ao assento preferencial, a Semob-JP está fazendo a campanha em parceria com as empresas de transporte urbano, fixando adesivos que trazem o texto da lei. O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de João Pessoa (Sintur-JP), Isaac Moreira, disse que todos os ônibus estarão adesivados até o final da próxima semana.
Em João Pessoa existem 540 ônibus nas linhas de transporte coletivo. Até a implantação da Lei, duas poltronas eram destinadas às pessoas com prioridades, saindo de fábrica com dimensões e cores diferentes. A partir de agora, todos os 52 assentos dos ônibus serão preferenciais.
A medida está dividindo opiniões. Algumas pessoas defendem a campanha como uma forma de educação para os direitos humanos em geral. No entanto, muitos idosos estão preocupados, pois acham que agora é que agora as pessoas mal-educadas não vão ceder o lugar mesmo.