Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa do Piauí na pandemia foca em orientações

Entrevista com Maria da Cruz Oliveira Souza, presidente do CEDIPI-PI, Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa do Piauí, na série Conselhos e Fóruns Estaduais na Covid-19

O Estado do Piauí, que registrou o primeiro caso da pandemia, no dia 19 de março, começou a segunda semana de agosto com o registro de mais de 61 mil pessoas infectadas pela Covid 19 e com a triste marca de 1540 óbitos.

Para saber como o CEDIPI-PI, Conselho Estadual de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa do Piauí, está atuando durante o período da pandemia, o Jornal da 3ª Idade entrevistou a sua presidente, a assistente social Maria da Cruz Oliveira Souza, representante governamental da SASC- Secretaria Estadual de Assistência Social.

Jornal da 3ª Idade – O Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa do Piauí está conseguindo manter suas atividades desde que começou a pandemia?

Maria da Cruz Oliveira Souza – Presidente do CEDIPI-PI – Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa do Piauí– Nós estamos fazendo as reuniões virtuais. Ainda não conseguimos atingir 100% da comunicação porque a maioria dos nossos conselheiros são idosos e em casa nem todos tem facilidade com a Internet.

Jornal da 3ª Idade – No começo da quarentena vocês conseguiram produzir alguma orientação para os conselhos municipais?

Maria da Cruz Oliveira Souza, assistente social, presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa Idosa do Piauí, como representante da Secretaria de Assistência Social.

Maria da Cruz Oliveira SouzaPresidente do CEDIPI-PI – Nós produzimos uma Nota Técnica, para as pessoas idosas do Estado em geral, não só para os conselhos municipais, orientando as recomendações que o pessoal da Saúde estava orientando, que eram aquelas que prevalecem até hoje. 

Jornal da 3ª Idade – Quantos conselhos municipais realmente estão funcionando no Piauí? Na época da conferência estadual, no ano passado a senhora tinha me passado que eram 35 CMI.

Maria da Cruz Oliveira Souza – Presidente do CEDIPI-PI – Estou no segundo mandato na diretoria, na gestão anterior eu era vice-presidente. Nossa proposta para 2020 era exatamente fazer esse levantamento. Sabemos que em vários municípios existem os CMI criado, mas sem funcionamento e em outros eles funcionam, mas ainda não estão totalmente regulamentados. Essa tarefa como outras a que nos propomos esse ano se perdeu com as impossibilidades de presença e locomoção da pandemia. Criados estima-se que tenha atualmente na metade dos 224 municípios, mas não temos como saber hoje quantos realmente funcionando.

Jornal da 3ª Idade – Vocês tem o Fundo Estadual do Idoso criado? Conseguiram usar uma parte dos recursos na pandemia?

Maria da Cruz Oliveira Souza – Presidente do CEDIPI-PI – Infelizmente não temos o Fundo Estadual. Estávamos implantando. Temos o CNPJ e estávamos no momento criando a conta bancária. Todas as nossas instituições pararam e somente a partir de agosto estão retomando.

Jornal da 3ª Idade –  Qual é a situação mais grave entre os idosos nesse momento de pandemia? Na verdade, na maioria das localidades brasileiras, a quarentena só agravou situações que já existiam. No Piauí isso também acontece?

Maria da Cruz Oliveira Souza – Presidente do CEDIPI-PI – Nossa situação mais grave é a ligada ao acolhimento. Temos poucas possibilidades de acolhimento no Estado. Temos uma ILPI na Capital e outra no Interior. As demais são filantrópicas e essas estão numa situação ainda pior.

Jornal da 3ª Idade – Quantas ILPI estão em funcionamento no Estado todo?

Maria da Cruz Oliveira Souza – Presidente do CEDIPI-PI – São 7 filantrópicas e 3 públicas, sendo 2 estaduais, uma na capital e outra no Interior. Uma na capital é da igreja católica, mas tem parceria com a Prefeitura. 

Jornal da 3ª Idade – A gestão de vocês termina quando? Vão prorrogar?

Maria da Cruz Oliveira Souza – Presidente do CEDIPI-PI – A atual gestão termina em dezembro, mas pelo nosso regimento temos que começar o processo eleitoral para a sucessão dois meses antes. E quanto a isso não temos consenso, precisamos debater nas próximas reuniões.