Coordenador da Confederação de Voleibol Adaptado, professor de Educação Física, Lucas Rodrigo Dimarco. Foto: jornal3idade.com.br
Criada juridicamente em novembro e com a festa para a inauguração oficial sendo trabalhada para a primeira quinzena do próximo mês de março, a Confederação Brasileira de Voleibol Adaptado, promete um primeiro campeonato interestadual já em 2018.
As etapas regionais serão mensais. Estão sendo fechados os calendários com a participação de cinco Estados (São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul). Em novembro estão previstas as finais estaduais. Em dezembro a primeira final nacional.
Para promover a Confederação Brasileira de Voleibol Adaptado, sediada em São José do Rio Preto, esteve nessa semana na Capital o seu fundador, o professor de Educação Física, Lucas Rodrigo Dimarco, que desde 2009, já realizou nove torneios, envolvendo 150 equipes com jogadores da terceira idade.
Para saber mais desse trabalho, o Jornal da 3ª Idade conversou com ele sobre as expectativas da Confederação e os benefícios do voleibol adaptado para a terceira idade.
Jornal da 3ª Idade – Quando o senhor começou a trabalhar com vôlei adaptado para a terceira idade?
Prof. Lucas Rodrigo Dimarco– Em 2009 eu criei a LIMIG- Liga de Voleibol Adaptado da Melhor Idade de Guapiaçu, uma cidade de 20 mil habitantes, na Região de São José do Rio Preto. Eu fui professor de Educação Física por 10 anos lá. Logo sentimos o interesse nas cidades vizinhas e um ano depois já sabíamos que tínhamos que profissionalizar muito mais essas atividades.
Jornal da 3ª Idade– Quando a Liga passou a se regionalizar?
Prof. Lucas Rodrigo Dimarco– Criamos em 2014 a LIVAP- Liga de Vôlei Adaptado Paulista- e começamos a visitar as regiões próximas as nossas que tinha equipes participando do JORI- Jogos Regionais dos Idosos. Fizemos muitos contatos e em 2015 começamos realmente a transformação para uma atuação maior. A Liga passou a se preocupar numa estrutura profissional de adesão de novas equipes e novos torneios. Nesse mesmo ano surgiu a parceria com a cidade de Três Lagoas, no Mato Grosso do Sul, querendo montar um trabalho naquela cidade e participar de intercâmbios com o nosso trabalho. Tivemos contato com a cidade de Cornélio Procópio, no Paraná, que também participou do torneio na Região de Araraquara. Foram surgindo parcerias que levaram a novas ideias.
Jornal da 3ª Idade– Quando surgiu a Confederação de Voleibol Adaptado?
Prof. Lucas Rodrigo Dimarco– Em 2016 amadurecemos a ideia de criar uma confederação que realmente trabalhe torneios entre cidades de diferentes Estados. Em novembro passado, depois de mais de um ano, a Confederação de Voleibol Adaptado nasceu, com os devidos registros oficiais.
Jornal da 3ª Idade– E quais são os planos para 2018?
Prof. Lucas Rodrigo Dimarco– Até o final de fevereiro vamos estar trabalhando na definição das regras que tem que ser iguais para todos os Estados, com a capacitação dos árbitros. Em março faremos uma festa oficial de lançamento da entidade e a divulgação do seu calendário 2018.
Jornal da 3ª Idade– Quais os benefícios que o Voleibol Adaptado oferece para as pessoas da terceira idade que o praticam?
Prof. Lucas Rodrigo Dimarco– Para ter uma qualidade de vida saudável o idoso deve sempre estar na ativa, praticar algum exercício. E também importante para evitar a redução dos riscos de quedas e de lesões relacionadas a elas. No Voleibol adaptado os idosos conseguem uma forma de reintegração na sociedade, melhorando o seu bem-estar geral, criando novos objetivos, se afastando da solidão e do risco de depressão que sabemos, pode levar a inúmeras doenças.
