Bloco Unidos de Santo Amaro nasceu ontem integrando gerações

Bloco Unidos de Santo Amaro no coreto da Praça Floriano Peixoto, em Santo Amaro. Foto: Jornal da 3a Idade
Bloco Unidos de Santo Amaro no coreto da Praça Floriano Peixoto, em Santo Amaro. Foto: Jornal da 3a Idade
Bloco Unidos de Santo Amaro no coreto da Praça Floriano Peixoto, em Santo Amaro. Foto: Jornal da 3a Idade

A ideia de formar grupos para colocar o bloco na rua é o verdadeiro contágio no Carnaval 2016 de São Paulo. E esse todo mundo quer alastrar.

Nesse ano a Prefeitura contabilizou 355 blocos, divididos em 29 regiões da cidade, mais de 200 em relação ao ano passado. Ainda não se sabe exatamente se foi somente o encolhimento das verbas para passeio de muitos paulistanos que motivou a novidade. Mas isso não importa muito. O que parece é que a “pipoca “ parece irreversível em Sampa.

Banda Afro Batuquedum ( de camisa verde) com jovens garantindo a força intergeracional, com os pesquisadores e idealizadores do Bloco Unidos de Santo Amaro. Foto: Jornal da 3a Idade
Banda Afro Batuquedum ( de camisa verde) com jovens garantindo a força intergeracional, com os pesquisadores e idealizadores do Bloco Unidos de Santo Amaro. Foto: Jornal da 3a Idade

Em Santo Amaro, na Zona Sul de São Paulo, nasceu ontem mais um bloco: o Unidos de Santo Amaro, que saindo da Casa Amarela, como é chamada a Casa de Cultura Júlio Guerra, se concentrou na Praça Floriano Peixoto e ficou por algumas horas tentando motivar os transeuntes.

Foi tímido e reuniu pouco mais de 50 pessoas. O legal, no entanto, é que entre esses poucos estavam vários professores e pesquisadores da cultura do bairro, sambistas de raiz, jovens de um grupo de música afro, crianças, idosos e até uma cantora de música lírica.

Foram só 15 dias, entre a ideia de criar, conseguir os apoios e fazer acontecer.

No coreto da mesma praça- que em 1896 foi inaugurada como o segundo Jardim Público de São Paulo- tinha uma pequena decoração com as cores de Santo Amaro.  A pequena, mas sincera e orgulhosa homenagem deve se transformar num estandarte no próximo ano.

Tinha gente fantasiada, tinha alguns com máscaras improvisadas. A proposta vingou e a prova disso foi o sorriso dos que paravam por alguns minutos e ficavam sorrindo, mesmo apressados.

Você não gostaria de ficar para assistir? perguntei para uma jovem que parou e até ensaiou dançar.

Poxa, eu nem sabia. Sempre tive vontade de participar de um carnaval de rua, mas agora não posso ficar. Será que vai ter mais até o fim do carnaval? Devia, disse ela saindo apressada.

Encostado numa arvore frondosa da Praça, o aposentado parecia emocionado.

Mulher do céu, tem música aqui me fazendo lembrar da minha mocidade. Fico até com vontade de pular. Será que pode? Dessa vez eu vou só olhar, disse o senhor Adailton, natural de Pernambuco e 52 anos, só de Santo Amaro.

Participaram na criação do Unidos de Santo Amaro: