
O atendimento e acolhimento na Rede de Atenção Básica do Município é o tema da Audiência Pública marcada para se realizar na próxima quarta-feira, dia 3 de junho, das 12 às 15 horas, no Salão Nobre, da Câmara Municipal de São Paulo.
Para o médico Paulo Lázaro de Moraes, colaborador do Jornal da 3ª Idade, a melhoria na Saúde ofertada pelo município é um desafio enorme devido as proporções e custos da cidade de São Paulo, entretanto 80% das enfermidades podem ser resolvidas nas UBS e Ambulatórios, o que a médio prazo diminuiria os altos gastos hospitalares no município.
Ele explica a importância do encontro e afirma que embora seja do interesse de todos os paulistanos, a presença dos idosos pode favorecer muito os debates de algumas questões específicas.
“A ideia é discutir com usuários e prestadores de serviço sobre os gargalos da Saúde Básica em São Paulo. O debate deve focar mais o funcionamento das Unidades de Saúde da Família (PSF) e as Unidades Básicas de Saúde (UBS), mas outros pontos nevrálgicos como distribuição de medicamentos devem entrar na pauta”, explica o médico.
A lista das demandas de interesse de discussão é grande. Algumas respostas para essas demandas não dependem exclusivamente da gestão municipal, como a criação de um plano de carreira para profissionais da área, mas muitas sugestões podem ser colocadas, tendo como base a prioridade o atendimento primário e secundário da Saúde, na cidade de São Paulo.

“O aumento no número de UBS ou consultórios médicos, bem como seu horário de funcionamento. A organização de um sistema integrado entre o atendimento básico e especializado e vice-versa construindo uma rede de comunicação que garanta o seguimento dos pacientes crônicos e oncológicos. A criação de programa de atendimento domiciliar de cuidados paliativos para treinamento de equipes de PSF. A criação de hospitais secundários (Hospices) para o tratamento de doentes em cuidados paliativos sem condições de atendimento domiciliar. A ampliação dos locais de fornecimento de medicamentos considerados alto custo”, são debates urgentes e viáveis para se implantar em São Paulo, defende o médico Paulo Lázaro de Moraes.
A lista que está na pauta da audiência pública
1 – Pequena interação entre profissionais e comunidade em relação à prevenção
2 – Elevado número de atendimentos/médico
3 – Filas de espera prolongadas
4 – Mudança constante dos profissionais
5 – Ausência de certas medicações e seu suprimento
6 – Dificuldade de marcação com especialistas
7 – Pequena abrangência das equipes de PSF
8 – Ausência de rede de comunicação dos Centros de Referência com a Rede Básica que garanta o seguimento dos pacientes crônicos e oncológicos.
9 – Demora para vagas para exames complexos de urgência e emergência (Ultrasson, endoscopia, ressonância magnética).
10 – Ausência de atendimento domiciliar para cuidados paliativos ou Instituições para pacientes sem condições de atendimento domiciliar
11 – Ampliação dos locais de fornecimento de medicamentos, considerados alto custo.