O Estado da Califórnia, nos EUA, o mais populoso do país com 39 milhões de habitantes, votou uma mudança na legislação ontem, segunda-feira dia 10 de agosto de 2015, proibindo que a palavra “estrangeiro” apareça no texto das suas leis trabalhistas.
O estado que é o terceiro em superfície, superado apenas pelo Alasca e pelo Texas, tem mais da metade da população formada por imigrantes, na maioria latinos, cujas crianças e idosos não tem direito aos serviços de assistência.
O projeto de lei do senador Tony Mendoza (D-Artesia), remove o termo “estrangeiro”, previamente definido como “qualquer pessoa que não é um cidadão nascido ou totalmente naturalizado dos Estados Unidos.” Ele também removeu a preferência do Estado para a contratação de cidadãos norte-americanos em projetos de obras públicas durante os períodos de desemprego.
O projeto de lei aprovado pela assembléia legislativa por unanimidade. Mendoza disse na época da aprovação do projeto de lei que o termo “estrangeiro” era “ofensivo”, acrescentando: “. Ela não tem lugar em nossas leis e não deve ser a base de contratação emprego”
O único voto contra foi do deputado de Matthew Harper (Condado de Orange), que disse que o projeto era apenas uma maneira dos deputados ganharem espaço na imprensa e que alterar a palavra não vai mudar o fato de que as pessoas estão ilegalmente no país.
O governador da Califórnia, o democrata Jerry Brown, anunciou ainda uma maior atenção para as crianças imigrantes, ilegais ou não.
“Uma criança sem documentos (de imigração) merece a mesma proteção de qualquer criança do nosso Estado”, declarou o senador democrata Jimmy Gómez.
Os grupos que trabalham a favor dos idosos querem se valer da nova lei para favorecer os “elderly”. Se as crianças passam a ter direitos, eles querem que os idosos dependentes também ganhem as mesmas garantias.
Segundo dados do Censo, os imigrantes já são maioria na Califórnia, com cerca de 21 milhões de habitantes, mais de 55% da população. A capital Sacramento, de 500 mil habitantes
A lei entra em vigor 01 de janeiro.