No próximo dia 28 de setembro, a lei que libertou os escravos com 60 anos ou mais completará 130 anos. Apelidada de Lei dos Sexagenários (1885), ela é menos conhecida do que a Lei do Ventre Livre (1871), que concedeu liberdade aos filhos de escravos nascidos a partir de sua promulgação, e do que a Lei Áurea (1888), que finalmente acabou com a escravidão no Brasil.
A jornalista Joseana Paganine fez uma reportagem especial para o Jornal do Senado. No seu texto ela explica que foi a Lei dos Sexagenários que manteve a discussão sobre o fim da escravidão acesa e concedeu tempo para uma solução negociada que pusesse fim ao sistema escravagista de forma não violenta, como aconteceu nos Estados Unidos com a Guerra de Secessão (1861-1865). A lei foi aprovada após intenso debate na Assembleia Geral, como era chamado o Congresso Nacional à época.