João Butoh vence com o curta-metragem Aleph o “The Accolade Global Film Competition”

Aleph de João Butoh ganha o The Accolade Global Film Competition”. na categoria Curta. Foto: reprodução do cartaz
Aleph de João Butoh ganha o The Accolade Global Film Competition”. na categoria Curta. Foto: reprodução do cartaz

O ator, coreógrafo e diretor de teatro, João Butoh foi vencedor na categoria Curta, no “The Accolade Global Film Competition”, um renomado festival que aconteceu nos EUA, na semana passada, com a participação de 62 países.

João Butoh, que mora no Interior de São Paulo, ganhou com com Aleph, na categoria curta-metragem. Ele também concorria com o curta Believe, do grupo Delirivm Teatro de Dança, também criado por eleformado por idosos cidade de São Simão.

Quero agradecer a todos que enviaram congratulações. Sim, estou muito feliz. Accolade é um festival muito competitivo. Atores e diretores ganhadores do Oscar competem pelos principais prêmios. Foi uma vitória muito importante.  Sou muito grato a todos pelo apoio. De São Simão-SP para o mundo! Prometo avisar assim que o filme estiver disponível publicamente em alguma plataforma para ser assistido. Por enquanto estamos obedecendo as regras dos festivais de inédito até a estréia. Dediquei este meu primeiro filme ao meu grande amigo e diretor, Moisés Miastkwosky (1952-2014), com quem tive o privilégio de trabalhar inúmeras vezes. O prêmio saiu a dois dias de seu aniversário, declarou João Butoh.

João Roberto de Souza adotou artisticamente o nome de João Butoh, exatamente por ser o nome mais destacado, na América Latina, na arte do Butoh, o estilo de dança criado no pós-guerra no Japão  que ganhou o mundo na década de 1970.

Aleph

ALEPH é inspirado na poesia de Georgios Seferiadis (1900-1971), que usava o pseudônimo de George Seferis. Ele foi um dos poetas gregos mais importantes do século XX e ganhador do Nobel. Também foi diplomata de carreira no Serviço de Relações Exteriores da Grécia, culminando em sua nomeação como embaixador no Reino Unido, cargo que ocupou de 1957 a 1962. Venceu o Nobel de Literatura, em 1963.

George Seferis nos brinda com poemas que falam sobre o mistério da vida e da morte, da impossibilidade de resgatar o passado e sobre os absurdos cometidos nas guerras, através de mentiras ideológicas que só servem para alimentar seus algozes.

Nascido em Esmirna em 1900, Seferis soube exprimir um amargor nos versos que compõem sua obra, através de uma métrica lírica que perambula pelo exílio ao qual foi submetido devido a profissão diplomática, causando sua ausência da pátria por longos períodos.