

Começa na próxima quinta-feira, 19 de abril , na cidade de Campos do Jordão, em São Paulo, o 18° Encontro Brasileiro de Tireoide, no Campos do Jordão Convention Center.
Até o dia 22 de abril estarão reunidas cerca de 1500 pessoas, entre profissionais e estudantes de graduação e pós-graduação, nas áreas de Ciências Biológicas e demais da saúde, que tenham interesse na glândula nessa área da medicina.
A Disfunção tireoidiana no idoso – Quando e como tratar será um dos temas dos quatro dias de muita troca de informação científica e clínica e palestrantes internacionais.
Para saber mais sobre os problemas de tireoide em idosos que serão abordados no evento, o Jornal da 3ª Idade enviou algumas perguntas para a médica endocrinologista Glaucia Mazeto, uma das palestrantes do 18° Encontro Brasileiro de Tireoide.
Jornal da 3ª Idade – É verdade que os problemas da tiroide estão aumentando entre as pessoas com mais de 60 anos?
Dra. Gláucia Mazeto – Os problemas de tireoide têm sido cada vez mais diagnosticados em todas as faixas etárias e, inclusive, acima dos 60 anos de idade. Entre os fatores que contribuiriam para esse aumento de diagnósticos poderiam ser incluídos o maior acesso aos serviços médicos, a melhoria da sensibilidade dos exames laboratoriais e de imagem e o aumento real na incidência das tireopatias.
Jornal da 3ª Idade – Quais são os sintomas mais frequentes em uma pessoa idosa portadora de doença tireoidiana?
Dra. Gláucia Mazeto – Os principais problemas que afetam a tireoide são as lesões estruturais, dentre as quais se destacam os nódulos, e as disfunções, ou seja, o hipotireoidismo, que resulta da hipofunção da glândula tireóidea, e o hipertireoidismo, que resulta da hiperfunção da mesma. Entre os sintomas associados ao hipotireoidismo poderiam ser citados: pele e cabelos secos e quebradiços, tendência ao inchaço, desânimo, sonolência e ganho de peso, entre outros. Como sintomas associados ao hipertireoidismo, poderiam ser citados: batedeira, falta de ar, intolerância ao calor, perda de peso involuntária, sudorese excessiva e insônia, entre outros.
Jornal da 3ª Idade – É possível fazer algum tipo de prevenção?
Dra. Glaucia Mazeto – Em geral, não existe uma conduta específica recomendada para a prevenção das doenças tireoidianas. Hábitos de vida saudáveis, tais como, por exemplo, uma alimentação balanceada, atividade física regular e orientada e não fumar representam dicas importantes para a prevenção de doenças em geral.
Jornal da 3ª Idade – A alimentação pode fazer alguma diferença para a pessoa idosa?
Dra. Glaucia Mazeto – A alimentação balanceada, bem distribuída durante o dia e contendo todos os nutrientes que o organismo precisa, sem excessos, auxilia na manutenção da saúde em todas as faixas etárias e, inclusive, nos idosos.
Jornal da 3ª Idade – É possível que o hipertireoidismo se converta em hipotireoidismo? Na pessoa idosa isso ficará mais grave?
Dra. Glaucia Mazeto – Tanto o hipertireoidismo pode se converter em hipotireoidismo como o contrário pode ocorrer. As repercussões clínicas dependerão da gravidade da disfunção tireoidiana e das condições gerais do paciente, bem como do diagnóstico e tratamento adequados.
Jornal da 3ª Idade – O Congresso vai apresentar alguma atualização para os idosos?
Dra. Glaucia Mazeto – O 18º Encontro Brasileiro de Tireoide pretende atualizar sobre o assunto os médicos que cuidam desses pacientes.